Estudo diz ainda que sabor é mais importante que o preço ou a
alimentação saudável
Por: Redacção / SC | 30- 5- 2011 11: 1
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Vem aí um novo gelado de cogumelo
Mais de metade dos portugueses, 53,3 por cento, considera o sabor o
factor mais determinante na escolha dos alimentos que consome, refere
um estudo da Sociedade Portuguesa de Ciências da Nutrição e
Alimentação, noticia a Lusa.
Na avaliação realizada em parceria com a Faculdade de Ciências da
Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNA), o sabor surge
à frente do preço, 32,9%, ou da tentativa de comer alimentos
saudáveis, 32,6%.
«Um dos resultados de que talvez não estivéssemos à espera tem mesmo a
ver com a importância atribuída ao sabor dos alimentos, face a outro
tipo de hábitos», disse Rui Poínhos, um dos membros da FCNA envolvidos
no estudo.
De acordo com Rui Poínhos, estes dados devem ser ponderados quando se
faz uma campanha para tentar promover determinados hábitos
alimentares.
«A nossa perspectiva é que essa campanha não deve ser cega. Nas
escolhas que se vai tentar promover não se pode ter em conta apenas o
ser um alimento mais ou menos saudável, mas sim dentro das escolhas
mais saudáveis ter em conta o sabor dos alimentos», sublinhou.
Outro dos factores que surpreendeu os investigadores foi o facto da
escolha dos alimentos para conseguir controlar o peso surgir apenas
com uma das variáveis mais importantes para 18,2 por cento dos
inquiridos.
Segundo a mesma fonte, outro dos resultados que chamou a atenção dos
investigadores teve a ver com as diferenças determinadas pelo sexo dos
inquiridos.
«Por exemplo um dos resultados que considerámos mais interessantes tem
a ver com o facto de muito maior proporção de homens do que de
mulheres referir o facto de ser outra pessoa a decidir a maior parte
dos alimentos que ingere», sublinhou Rui Poínhos.
Entre os factores que têm maior importância no consumo alimentar,
estão ainda a rotina, 29,6 por cento, disponibilidade dos alimentos,
25,6 por cento ou a qualidade, 24 por cento.
Segundo o estudo, a cultura, religião ou etnia também determinam a
escolha dos alimentos para 3,4 por cento dos inquiridos.
Em relação aos considerados mais influentes pelos portugueses na sua
saúde, Rui Poínhos admite que a «surpresa foi menor» pois a
alimentação surge em primeiro lugar, com 57,5 por cento, seguindo-se o
stress, com uma percentagem de 27,9 e a prática de exercício com 20,5.
«Juntando os dados das duas partes do trabalho, aquilo que é a nossa
interpretação dele é que a maior parte das pessoas considera a
alimentação importante para a saúde, tem esse conhecimento. No entanto
quando chega a hora de escolher os alimentos não os escolhe com base
na saúde», explicou.
O estudo «Estilos de vida e de Alimentação da População Portuguesa»
foi realizado em 2009 e abrangeu um universo de 2855 pessoas.
Os dados relativos aos «Factores considerados mais influentes, pelos
adultos portugueses, no consumo de alimentos» e aos «Factores
considerados mais influentes, pelos adultos portugueses, na saúde»
foram apresentados em dois congressos, realizados em Setembro de 2010
e Março de 2011.
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/comida-alimentacao-sabor-paladar-fcna-tvi24/1256934-4201.html
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