O mercado dos cereais e oleaginosas foi influenciado pelas
preocupações com as condições atmosféricas pouco favoráveis para
algumas culturas, mas a evolução dos preços também foi afectada de
forma considerável pelos mercados externos, em especial pela queda do
preço do petróleo. Existe una crescente especulação sobre o papel da
região do Mar Negro no mercado de exportação durante o próximo ano.
A seca no norte da Europa e nos EUA está a afectar os rendimentos e
atrasou as sementeiras de primavera.
Existem dúvidas sobre as
políticas comerciais que vão ser aplicadas pela Ucrânia e pela Rússia.
O primeiro vai eliminar as quotas à exportação de cereais, mas vai
substitui-las por uma taxa à exportação. Quanto à Rússia não se sabe
se vai eliminar a proibição de exportar cereais, que está vigente até
finais do ano.
O mercado do trigo teve ao longo do mês de Maio uma pressão constante
em baixa, mas finalmente persistiu o sentimento de subida, apoiado
pelo deterioração das perspectivas para a produção em alguns países
produtores do hemisfério norte devido à seca. O milho nos EUA teve
poucas alterações, o atraso nas sementeiras foi compensado pela
debilidade dos mercados externos de produtos básicos e por uma menor
procura devido aos preços elevados, segundo o Conselho Internacional
de Cereais (IGC na sigla inglesa).
O preço da cevada dística na UE alcançou o seu valor mais elevado em
três anos, mas a provável retoma dos embarques do Mar Negro serviu
para abrandar o aumento dos preços mundiais da cevada forrageira. A
soja, embora no início deste mês tenha descido, subiu no final
impulsionada pelos preços de outros grãos.
Os preços mundiais do arroz mostraram uma evolução díspar: os preços
da Ásia foram pressionados pela ampla disponibilidade e fraca procura
de exportação, enquanto a preocupação com a produção deu apoio aos
futuros nos EUA.
Fonte: Agrodigital e IGC
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2011/05/30f.htm
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