quarta-feira, 23 de Novembro de 2011 | 20:11
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A área cultivada em Moçambique no ano agrícola 2009-2010 ocupou 5.5 milhões de hectares, um aumento de 47% em relação à década anterior, segundo dados do censo agrícola e de pecuária do Instituto Nacional de Estatística de Moçambique (INE).
O presidente do INE, João Loureiro, disse que existem no país 3.824.585 fazendas, mais 25% em relação às 3.064.715 encontradas no primeiro censo agrícola. Do total de fazendas agora apurado, 99,6% cobrem menos de 10 hectares, e 72% menos dois hectares.
Segundo o censo do INE, 57% da área cultivada no país é ocupada por alimentos básicos, como arroz, sorgo, milho, amendoim e vários tipos de feijão. Embora a mandioca seja um alimento básico na maior parte do campo e cultivada em mais de um milhão de hectares, não é considerada " cultura alimentar básica".
Das 3.824.585 fazendas existentes no país, 1.300.000 possuem um total de 38,2 milhões de cajueiros. As pequenas explorações próprias têm, em média, 27,4 cajueiros, mas as 172 grandes fazendas que cultivam castanha de caju têm uma média de 872 árvores cada. Há dez anos, o primeiro censo agrícola encontrou 53.860.000 cajueiros, o que significa uma quebra de 29%, o que poderá indicar que as árvores de caju de Moçambique estão a morrer e não são substituídos em número suficiente.
O número de gado aumentou de 722.189 animais há uma década para os actuais 1,277 milhões, e existem 205.612 fazendas com uma média de 6,2 cabeças de gado.
A pesquisa do INE mostrou que para 42,2% das famílias rurais os campos não produzem o suficiente para as suas necessidades alimentares. Este número subiu para 65,7% na província de Gaza, sul do país, e para 51,9% em Inhambane, ambas no sul. Estas são as duas províncias com uma longa história de migração de trabalhadores para as minas da África do Sul.
Na província fértil e populosa de Nampula, norte do país, 50,8% dos domicílios tinham experimentado a escassez de alimentos.
Na maioria dos casos 51,3% das famílias que tiveram escassez de alimentos culparam a falta de chuva para a quebra de safra, mas 9,1% disseram que passavam fome porque não têm terras suficientes para cultivar.
Diário Digital com Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=194&id_news=543986
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