24-11-2011
O secretário de Estado da Agricultura admitiu avançar com um projecto de regadio das baixas de Óbidos, aguardado pelos agricultores desde 1978, se a reprogramação das verbas comunitárias do Programa de Desenvolvimento Rural permitir financiar a obra.
«Até final do ano vamos fazer uma reprogramação do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) e nesse quadro vamos ver o que é possível financiar ou não», afirmou Diogo Albuquerque depois de ouvir da câmara e dos agricultores de Óbidos «uma solicitação para que no futuro o programa possa considerar a construção da rede de rega».
Em causa está o projecto hidroagrícola das baixas de Óbidos, iniciado em 1978 e que previa a construção de uma barragem e de uma rede de regadio que deveria servir 800 agricultores e regar 1400 hectares de terrenos. A barragem está concluída desde 2005, mas a rede de rega nunca chegou a ser construída.
O elevado valor da obra, orçada em 40 milhões de euros, tem sido, segundo o vice-presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques, «um dos grandes obstáculos» à construção da rede de rega.
Por solicitação da autarquia o projecto inicial foi reformulado e reduzidos os custos para 24 milhões de euros, mas, mesmo assim, nenhum governo avançou com a construção da rede de rega.
Convictos de que o valor da obra poderá ainda ser mais reduzido, a Câmara de Óbidos e os agricultores propuseram ao secretário de Estado «um escalonamento» da construção da rede, já a partir de 2012, admitindo a hipótese de que os agricultores possam financiar parte do custo inicialmente atribuído ao estado.
«Estou em crer que é perfeitamente possível com 12 milhões de euros fazer toda a rede», explicou Humberto Marques, avançando com a proposta que «destes, o Estado possa pagar apenas dez milhões, para a rede primária, e os agricultores financiarem a rede secundária».
A proposta da autarquia vai agora ser analisada pelo governante que admite transferir verbas de programas comunitários que não esgotaram as candidaturas para o regadio de Óbidos.
Diogo Albuquerque não se comprometeu, no entanto, com prazos para o arranque da obra que irá depender da reprogramação dos fundos comunitários que o Governo pretende concluir até final do ano.
Fonte: Lusa
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia42529.aspx
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