08.11.2011
Lusa
O Ministério do Ambiente adjudicou hoje a dragagem de 350 metros cúbicos de areia da Lagoa de Óbidos, num investimento de 1,8 milhões de euros que irá reposicionar o canal de ligação da lagoa ao mar.
"Se não tivéssemos, este Inverno, uma intervenção no sentido de ter a aberta [canal que liga a lagoa ao mar] estabilizada na zona centro da lagoa, seria gravíssimo" afirmou a ministra da Agricultura, Ambiente, Mar e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, no final da cerimónia de adjudicação da primeira fase da empreitada de dragagens da Lagoa de Óbidos.
A obra, que a governante considera ser a "mais adequada e que se impunha neste momento", vai iniciar-se na próxima semana e inclui a saída de 350 metros cúbicos de areia, numa área de cerca de dois quilómetros da lagoa.
A intervenção vai envolver dragas e escavadoras para retirar a areia que será utilizada para reforçar o cordão dunar nas margens norte (na Foz do Arelho, no concelho de Caldas da Rainha) e sul (na zona do Bom Sucesso, concelho de Óbidos).
Com um custo de 1,8 milhões de euros, 75 por cento dos quais comparticipados pelo QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional), a obra deverá estar concluída em Março de 2012.
"O objectivo é garantir que a aberta se fixe e crie condições de estabilidade, ambientais e ecológicas", sublinhou Ana Seixas, vice-presidente do Inag (Instituto da Água), entidade que tutela a intervenção.
As dificuldades prendem-se, segundo a mesma responsável, com "a extrema complexidade" do ecossistema que pela sua dinâmica "varia às vezes de mês a mês, ou de época balnear em época balnear", por força das marés que fazem deslocar a embocadura da lagoa no mar e do assoreamento que provoca o fecho da aberta.
O perigo de fecho da aberta levou o Ministério a avançar, em Março de 2010, com a retirada de 110 mil metros cúbicos de areia e ao reposicionamento do canal numa zona mais a sul, para permitir a segurança da época balnear na Foz do Arelho, onde chegou a estar em risco a segurança da marginal. A esse investimento, de 320 mil euros, somam-se agora 1,8 milhões para reposicionar o canal numa zona mais central da lagoa, não adiantando Assunção Cristas se existirão mais investimentos. "É difícil encontrar soluções definitivas a menos que sejam profundamente agressivas para a própria lagoa."
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1520031
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