A ministra da Agricultura prometeu esta quarta-feira, 28, um "grande
empenho" na finalização do projecto de Alqueva até 2015, mas salientou
que o andamento da obra "depende das condições de financiamento do
Estado" e que há que evitar o recurso ao endividamento.
Há um "empenho grande" do Governo em concluir as obras "tão cedo
quanto possível", provavelmente em 2015, "mas depende das condições de
financiamento do Estado português", disse Assunção Cristas em São João
de Negrilhos (Montes Velhos), no concelho de Aljustrel, à margem de
uma visita às infra-estruturas da Associação de Beneficiários do Roxo.
A obra "vai avançar ao ritmo que for possível, desejavelmente até
ao final de 2015, mas digo isto com cautela, porque não tenho o
dinheiro no bolso", afirmou, referindo que para concluir Alqueva, da
parte da comparticipação nacional, que é assegurada pelo Estado, são
necessários "200 milhões de euros", o que "é muito dinheiro".
"Não é possível neste momento, e já não era possível no anterior
Governo, fazer um esforço imenso de financiamento para concluir
Alqueva em 2013", continuou a ministra, lembrando que a conclusão do
projeto Alqueva, inicialmente prevista para 2025, foi revista para
2015 e, entretanto, o anterior Governo PS, "de uma forma muito pouco
realista, teve a ambição" de antecipar para 2013.
"É preciso fazer essa nota, para que as pessoas não pensem que é
uma má vontade" de concluir o projecto, frisou, insistindo que "o
Governo está totalmente empenhado em concluir a obra", que "foi sempre
feita com recurso a dívida", mas, "neste momento, não podemos
endividar-nos da mesma maneira como foi feito indevidamente até aqui".
Segundo a ministra, "há interesse e empenho total em concluir a
obra", mas "realisticamente" e "dentro de um prazo que permita
aproveitar todos os fundos comunitários" disponíveis para o projecto
Alqueva.
Nesse sentido, disse, "2015 é um horizonte viável. Vamos ver se é
possível e empenharmo-nos e arregaçarmos as mangas para que seja
possível concluir [as obras] até 2015, fazendo o aproveitamento da
totalidade dos fundos comunitários e ajustando aquilo que são as
condições de financiamento do Estado português, que são muito
difíceis".
http://www.correioalentejo.com/index.php?diaria=6180
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