Viana: Praça de Touros: para que serve?

ALTO MINHO
2011-09-28visitas (108)comentários (0)
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Redacção
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A Praça de Touros de Viana do Castelo, comprada em 2009 pela câmara
local por 5.127 euros continua sem ter qualquer destino definido para
ocupação futura, admitiu hoje à Lusa o autarca José Maria Costa.
"Nesta altura, não temos nada decidido. Existem propostas em cima da
mesa, mas que ainda têm de ser estudadas", explicou o autarca
socialista.

Em Novembro de 2008, o então presidente da Câmara de Viana do Castelo,
Defensor Moura anunciava a intenção de comprar, a um grupo privado, a
Praça de Touros.
A aquisição seria concretizada três meses mais tarde pelo valor
simbólico de 5.127 euros, mas estava a ser negociada "há mais de dez
anos", e previa a instalação naquele espaço, a demolir parcialmente,
de um centro de Ciência Viva.
Contudo, esta ideia seria abandonada meses mais tarde, já com o também
socialista José Maria Costa na liderança da autarquia.
Antes ainda, a 27 de Fevereiro de 2009, o executivo municipal aprovou
a proibição de realização de touradas, o que transformou Viana do
Castelo num "Município Anti-touradas".
Para justificar esta decisão, a autarquia alegou não existir "qualquer
tradição" tauromáquica e segundo informação da câmara, a declaração de
cidade 'anti-touradas' foi a primeira do género em Portugal, contra as
mais de 60 em Espanha e três em França.
Há três anos que não se realizam espectáculos tauromáquicos em Viana
do Castelo, apesar de os aficionados lembrarem tratar-se de uma
actividade que na cidade "remonta a 1871". Já em 2010, o actual
autarca, José Ma
ria Costa, admitiu a possibilidade de instalar na Praça de Touros o
futuro Centro de Mar, mas a hipótese também não vingou.
"Depois de realizarmos estudos aprofundados, concluímos que afinal,
por questões de proximidade, o futuro Centro de Mar reunirá melhores
condições no antigo navio-hospital Gil Eannes", explicou.
A Praça de Touros de Viana do Castelo foi construída em 1948 pela
Empresa da Praça de Touros, formada por 32 sócios.
Composta por 4.900 lugares e 18 camarotes, teve uma intensa actividade
inicial mas, nos últimos anos, ficou reduzida a apenas um espectáculo
anual, por altura da Romaria da Senhora d'Agonia. José Maria Costa
assume que, nesta altura, não existe uma ideia concreta para o
edifício, apenas o objectivo de o transformar num "equipamento útil"
ligado à ciência.
Viana do Castelo, que este final de semana recebeu o Encontro Nacional
de Enoturismo, quer apostar no enoturismo enquanto novo segmento
turístico. José Maria Costa, defendeu, no evento, que Viana do Castelo
dispõe de todas as condições para se tornar um destino de excelência,
enquadrado na estratégia do Município para 2012.
O enoturismo será uma aposta para 2012 já que a câmara, em parceria
com a Associação de Municípios Portugueses do Vinho, está a preparar
para potenciar a vitivinicultura e os percursos em torno do vinho.
"Viana do Castelo está bem posicionado neste novo segmento turístico,
que demonstra forte atractividade já que o concelho possui um conjunto
de casas de valor patrimonial associado à produção de vinho",
afiançou.
http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=54154