26.09.2011
PÚBLICO
A mais antiga organização ambientalista do país, a LPN, está
preocupada com a reestruturação da esfera governativa e a nova
política de conservação da Natureza. Hoje enviou uma carta à ministra
Assunção Cristas.
A Liga para a Protecção da Natureza (LPN), fundada em 1948, diz-se
preocupada com a extinção do Instituto de Conservação da Natureza e da
Biodiversidade (ICNB) e com a divisão de competências pela
Direcção-Geral da Conservação da Natureza e Florestas, Agência
Portuguesa para o Ambiente, a Água e a Acção Climática e as Direcções
Regionais de Agricultura e Pescas. A associação "receia que a
descentralização das competências na área da Conservação da Natureza
levará à incapacidade da implementação de uma estratégia a nível
nacional, assim como ao incumprimento de estratégias, directivas e
convenções internacionais, para não referir a própria gestão e
fiscalização das áreas protegidas", escreve em comunicado.
Agora, a LPN pergunta a Assunção Cristas quem fará a gestão e
fiscalização das áreas protegidas e quem será responsável pela
implementação da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e
Biodiversidade. A associação pergunta ainda que papel entende o actual
Governo que o Estado deve desempenhar na Conservação da Natureza e
Biodiversidade.
"A sociedade civil encontra-se agora numa encruzilhada em que
necessita de repensar a utilização e o consumo dos recursos naturais,
e portanto é com pesar que a LPN vê desaparecer do ministério do
ambiente um instituto que apesar das suas fragilidades, tinha uma
papel importante na coesão de uma política de Conservação da
Natureza", conclui.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1513717
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