segunda-feira, 20 de junho de 2011

O que vai nos vai trazer o futuro da política agrícola comum

Publicado por Bruno OliveiraEconomiaSegunda-feira, Junho 20th, 2011
O debate sobre o futuro da PAC – Política Agrícola Comum sentou à
mesma mesa os eurodeputados Capoulas dos Santos (PS), Maria Patrão
Neves (PSD), e Nuno Melo (CDS/PP), o director geral adjunto da
Direcção Geral de Agricultura da Comissão Europeia João Pacheco, o
director do gabinete de planeamento e políticas do Ministério da
Agricultura Francisco Cordovil, e o secretário-geral da CAP Luís Mira.

A abrir o debate, uma intervenção gravada em vídeo do presidente da
Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu Paolo de Castro, que
destacou o facto de Capoulas dos Santos ser o relator responsável pelo
relatório final que será determinante na reforma da PAC. Paolo Castro
destacou os principais objectivos desta reforma da PAC: evitar a todo
o custo a renacionalização da política agrícola, reforçar o papel das
organizações de agricultores, reduzir a burocracia, apoiar os jovens
agricultores, ter os agricultores a trabalhar para o mercado, e exigir
aos produtos agrícolas oriundos de países terceiros o mesmo grau de
exigência que é aplicado actualmente aos agricultores europeus.
"O que os agricultores portugueses querem saber é o que lhes vai
acontecer em 2013, ou seja se vão ganhar mais ou menos", afirmou Luís
Mira, para espicaçar o debate.
Capoulas Santos considera que esta é a reforma da PAC negociada em
condições mais favoráveis a Portugal. Desde logo pelo facto de, pela
primeira vez, o presidente da Comissão europeia ser português, depois
porque o comissário da agricultura é sensível às questões que
interessam a Portugal e ainda porque o presidente da comissão de
agricultura no Parlamento Europeu é uma pessoa de muito diálogo.
Capoulas Santos sublinha que o relatório sobre a reforma da PAC
aprovado no Parlamento Europeu ser favorável em 99% às pretensões
portuguesas, embora falte agora o mais importante que é a sua
aplicação que, já se sabe, vai ser muito polémica, pois não é possível
tornar a PAC mais justa e equitativa sem beliscar os interesses
franceses e alemães.
Maria Patrão Neves apelou a uma união de esforços dos deputados dos
eurodeputados dos diferentes partidos em torno dos interesses
portugueses. Nuno Melo considera que "após um ano de trabalho no
Parlamento Europeu o trabalho em torno da reforma da PAC é o exem0plo
paradigmático do insucesso do processo de negociação europeu". Nuno
Melo afirma que o que a PAC não significa para Portugal nem
solidariedade nem equidade, como se pode verificar ao comparar os 500
euros/hectare que os agricultores gregos recebem, com os 170 euros/ha
do agricultor português, já abaixo dos 200 euros/ha da média europeia.
http://www.oribatejo.pt/2011/06/o-que-vai-nos-vai-trazer-o-futuro-da-politica-agricola-comum/

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