20 de Junho, 2011
O ministro cessante da Agricultura, António Serrano, admitiu hoje
estar preocupado com o volume de pastas que a sucessora, Assunção
Cristas, vai ter de coordenar, realçando que «não há super homens nem
super mulheres».
Em declarações aos jornalistas, o ministro cessante da Agricultura,
Desenvolvimento Rural e Pescas realçou que «não há super homens nem
super mulheres e, por muita vontade que exista na coordenação dos
dossiês, é preciso ter equipas muito sólidas para [Assunção Cristas]
responder ao trabalho».
À margem do 34.º Congresso Mundial da Vinha e do Vinho (OIV), no
Porto, António Serrano considerou que a tutela acumulada da
Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território «é uma tarefa
muito complexa», realçando que obriga a «uma arquitectura muito
exigente e independentemente da valia de cada ministro, há uma questão
inultrapassável que é a capacidade humana».
No seu último acto público enquanto ministro, o cabeça de lista do PS
pelo círculo de Santarém realçou que, durante os últimos 20 meses,
trabalhou todos os dias, sustentando que «é uma pasta muito volumosa
que vai ficar ainda mais volumosa no futuro».
António Serrano sublinhou que o cargo exige «uma grande capacidade
para conciliar a agenda internacional com a necessária proximidade às
pessoas do sector», considerando que «o futuro Governo em algumas
matérias vai exigir um esforço individual grande aos ministros»,
referindo-se também ao ministério da Economia, que passou a ser também
do Emprego e das Obras Públicas.
«Da minha experiência: o que eu tinha já dava muito trabalho, não
parei um dia, trabalhei todos os dias, de manhã à noite», declarou.
António Serrano disse já ter transmitido à sucessora, a dirigente
centrista Assunção Cristas, estar disponível para ajudar «não só no
período de transição, mas depois para lhe dar a informação que é
necessária», reconhecendo que a democrata cristã tem pela frente «uma
tarefa hercúlea».
O ministro socialista admitiu deixar «em cima da mesa vários assuntos
que vão exigir muita atenção da nova ministra», nomeadamente duas
«reformas importantíssimas: a da Política Agrícola Comum (PAC) e a
Política Comum de Pescas».
Lusa/SOL
Tags: Política
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=22188
Sem comentários:
Enviar um comentário