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13 de Novembro, 2011por Ana Serafim e Sara Ribeiro
A 21 de Outubro, em Arruda dos Vinhos, num armazenista grossista de
fruta, uma pessoa foi detida e foram apreendidos 11 mil quilos de uvas
com indicação de origem Portugal, quando se verificou que eram de
Itália. Figos e amêndoas tradicionais do Algarve também já terão sido
alvo da deturpação da origem: nas embalagens lia-se que vinham da
Turquia e dos EUA.
Houve ainda uma apreensão de vestuário importado na Alfândega, uma vez
que a embalagem já trazia – ilegalmente – o selo do Compro o que
Nosso. «Foi interceptado um número considerável de contentores.
Obrigámos a empresa a retirar o logótipo e só depois é que o produto
foi despachado», diz Paulo Nunes Almeida.
«O Governo, os agentes económicos e os cidadãos estão empenhados em
defender a produção nacional. Este tipo de actividade ilegal só merece
a mais rigorosa e apertada acção fiscalizadora por parte da ASAE»,
sublinha ao SOL o Secretário de Estado do Empreendedorismo,
Competitividade e Inovação. «A ASAE e o Ministério da Economia,
enquanto tutela, vão manter todos os esforços para acabar com estes
comportamentos ilegais.
Assim se garante que a produção nacional está a salvo e que os
consumidores podem confiar no que compram», continua Carlos Oliveira,
que anunciou ontem a criação de um programa, a lançar em Dezembro,
«para valorizar o que é produzido em Portugal e incentivar o consumo
de produtos nacionais».
Numa altura em que ganha força a ideia de que consumir português
permite ajudar a economia, reduzindo as importações e o endividamento
externo e criando emprego, também a ministra da Agricultura tem
frisado que «já passámos a fase de que aquilo que vem de fora é
melhor.
A origem portuguesa é algo que é valorizado». «Queremos fazer com que
os consumidores possam chegar ao supermercado e saber o que é
português e tem origem protegida, o que é sinal de qualidade e
diferenciação. E queremos que também lá fora, no estrangeiro, se possa
saber o que é a nossa marca e a nossa produção», afirmou recentemente
Assunção Cristas.
ana.serafim@sol.pt
sara.ribeiro@sol.pt
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=33627
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