domingo, 13 de novembro de 2011

Produtores biológicos ainda são poucos nos Açores apesar dos incentivos

Regional | 2011-11-12 14:37
O número de produtores que se dedica à agricultura biológica nos
Açores mais do que duplicou em menos de cinco anos, mas continua a ter
uma expressão reduzida no arquipélago, existindo atualmente apenas 46
produtores certificados.
A maioria dos produtores, segundo dados divulgados nas Jornadas de
Agricultura Biológica, encontra-se em S. Miguel (23), seguindo-se S.
Jorge (10), Terceira (7) e Faial (6), num total de 263,73 hectares de
área cultivada. Em 2006 o número de produtores biológicos nos Açores
era de apenas 20, distribuídos por S. Miguel, Terceira e S. Jorge,
abrangendo uma área total de 66,5 hectares. Na intervenção que
proferiu nestas jornadas, o secretário regional da Agricultura, Noé
Rodrigues, recordou a existência de apoios financeiros para incentivar
o aparecimento de mais produtores nesta área. "Existe um conjunto de
incentivos para os agricultores biológicos, no sentido de se

organizarem, conquistarem mercados e valorizarem a agricultura
biológica", frisou. Por seu lado, o eurodeputado socialista Luís Paulo
Alves também salientou que a União Europeia reserva, no âmbito da
Política Agrícola Comum (PAC), um lote de apoios à produção biológica,
dirigidos à comercialização, produção e certificação. Incentivar a
produção biológica é também o objetivo das Jornadas de Agricultura
Biológica, que decorreram no Faial, como sublinhou o presidente da
Junta de Freguesia da Praia do Norte, Estêvão Gomes, promotor do
encontro. O autarca salientou que as jornadas são úteis para os
agricultores que querem "apresentar um produto de qualidade e
diferenciado", mas também para o "cidadão comum, que tem uma horta e
ambiciona produzir de uma forma mais ecológica". "Os Açores possuem
condições naturais ímpares, nomeadamente o clima e o terreno, que são
excecionais para a produção agrícola de forma biológica e que é
indispensável aproveitar", afirmou. A agricultura biológica
distingue-se pela forma de produção, que exclui quase todos os
produtos químicos e recorre às rotações de culturais, a estrume animal
e a resíduos orgânicos da exploração. No ano passado, em Portugal, as
vendas de alimentos produzidos em regime biológico ascenderam a 25
milhões de euros, num mercado que cresce, a nível europeu, entre 10 e
15 por cento ao ano.
Lusa/AO online
http://www.acorianooriental.pt/noticias/view/220487

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