Ontem
Cerca de 30 produtores de vinho participaram, esta quinta-feira, numa
marcha lenta entre Poceirão e Palmela. A marcha serviu para exigir do
Governo medidas de emergência que minimizem os prejuízos resultantes
de uma quebra na produção de vinho estimada em 80%.
foto EDUARDO PINTO/JN
"Esta marcha de protesto visa sensibilizar a câmara de Palmela e o
Governo para nos ajudar a fazer face aos prejuízos resultantes da
quebra de produção, que, em alguns casos, pode pôr em causa a
continuidade das explorações agrícolas", disse o presidente da
Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal, Joaquim Caçoete.
O míldio e o tempo, este ano, não ajudaram na produção de vinho. O
calor excessivo do mês de Junho e as chuvas de Maio causaram muito
prejuízo aos produtores. Joaquim Caçoete afirmou que Governo já
transmitiu aos agricultores que existe uma linha de crédito
disponível, com cerca de 50 milhões de euros, mas os agricultores
defendem a necessidade de apoios financeiros a fundo perdido ou a
longo prazo.
"Penso que mais de 80% da produção está perdida e nem sei se valerá a
pena fazer a vindima", referiu José Augusto Silva, produtor de vinho,
que prevê um prejuízo na ordem dos 80 mil euros.
A marcha lenta teve pouca participação, mas o dirigente da associação
de agricultores alegou que alguns estão a fazer a vindima mas que
todos estão solidários com as reivindicações que estão a apresentar
junto do Governo.
Os agricultores de Palmela desfilam em marcha lenta desde o Poceirão
até à Câmara Municipal de Palmela, onde esperam ser recebidos pela
presidente da autarquia, Ana Teresa Vicente.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1982726
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