08 de setembro de 2011, 13:11
O PCP entregou no Parlamento um projeto de resolução a defender a
implementação de seis medidas de emergência para o Douro, para
resolver a crise centrada na "brutal quebra dos rendimentos dos
vitivinicultores", anunciou hoje o partido.
Por proposta do PCP, serão ainda ouvidos na Comissão do Agricultura e
Mar da Assembleia da República o secretário de Estado das Florestas e
Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, e o ex-presidente do Instituto
dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), Luciano Vilhena Pereira.
Os deputados consideram que o Douro "vive uma situação aflitiva", após
"anos de um brutal redução dos rendimentos" dos vitivinicultores. A
situação agravou-se nesta vindima com a redução do benefício,
quantidade de mosto que cada produtor pode destinar ao vinho do Porto,
em 25 mil pipas.
Para dar resposta a estas preocupações, o grupo parlamentar do PCP
propõe que a AR recomende ao Governo "uma urgente intervenção" na
Região Demarcada do Douro (RDD), concretizando seis medidas.
Os comunistas querem convocar uma reunião extraordinária do Conselho
Interprofissional do IVDP, para uma revisão do quantitativo a
beneficiar para o valor de 2010 (110 mil pipas).
Propõem ainda a mobilização dos oito milhões de euros, que o Governo
anterior "sacou ilegitimamente" do IVDP, para uma intervenção
extraordinária nos mercados de vinhos generosos e de pasto.
As medidas do PCP incluem a concretização das indemnizações dos
prejuízos verificados na região, por causa do mau tempo e doenças que
afetaram a vinha, bem como a criação de uma linha de crédito de longo
prazo até aos 20 milhões de euros, um período de carência de dois anos
e taxas de juro bonificadas, que permita às cooperativas pagarem as
aquisições aos seus associados sem degradar preços e permitindo o
pagamento de atrasados.
Os comunistas reclamam ainda uma "ação persuasora" do Governo junto
das casas exportadoras e outras grandes empresas do comércio dos
vinhos da RDD, para se praticarem preços médios na ordem dos 300
euros/pipa dos vinhos de pasto/vinhos Douro e 1.250 euros/pipa no
generoso.
E exigem a intervenção do IVDP e do Governo na regularização urgente
do comércio de aguardentes, assegurando os volumes necessários e
travando a especulação.
Nesta vindima, segundo o PCP, os preços ameaçam subir mais de 50 por
cento, de 1,30 euros para 2,00 euros por litro.
@Lusa
http://noticias.sapo.pt/infolocal/artigo/1183817.html
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