Escrito por Informação, Sim 05-09-2011 07:23
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A sobrevivência das raças autóctones de Miranda do Douro passa pela
junção de sinergias entre elas.A ideia foi defendida pela Associação
para o Estudo e Protecção do Gado Asinino durante a nona edição da
feira dos burros de Miranda, que se realizou ontem no Naso.
"É
necessário que haja jovens agricultores que queiram pegar nas raças
autóctones" refere o presidente da associação, acrescentando quer "é
óbvio que o burro por si só não pode ser uma fonte de rentabilidade
única, dentro de uma exploração agrícola, por isso é que estamos muito
ligados a um novo futuro que possa encontrar em conjunto para a vaca e
a ovelha churra galega mirandesa, em que o burro fará parte dessa
exploração".No entanto Miguel Nóvoa salienta que o número de crias até
tem vindo a aumentar."Em 2003 nasciam cinco animais e em 2010 nasceram
cerca de 60 no planalto mirandês" revela. "Apesar de ser um bom
numero, é preciso ter em conta que para a raça sobreviver tem de haver
criadores e essa é a nossa grande dificuldade porque o burro continua
a estar ligado às pessoas de idade".Iria Gomes, de Paradela, começou a
ter criação "há quatro anos pois antes só tinha duas burras. Agora
tenho estes pequeninos mas quando eles forem maiores vendo-os" refere,
acrescentando que "quando cheguei aqui logo apareceram compradores mas
para já não vendo porque ainda são pequenos e quem leva é quem mais
paga".Já Narciso Carrasqueiras, de Ifanes, outro dos cerca de 50
criadoras que estiveram ontem na feira, "trouxe uma burra de seis anos
mas até trabalha pouco porque só semeio e arranco umas batatas e lavro
uma vinha ao pé de casa".No planalto mirandês existem cerca de 800
fêmeas reprodutoras.
Cada uma tem um valor comercial a rondar os 900 euros.
Escrito por Brigantia
http://www.brigantia.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=5877&Itemid=43
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