Setúbal
08.09.2011 - 10:58 Por Lusa
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Os agricultores esperam ser recebidos pela presidente da autarquia de
Palmela (Foto: Hugo Delgado/arquivo)
Três dezenas de agricultores participam hoje numa marcha lenta entre
Poceirão e Palmela, para exigir ao Governo medidas de emergência que
permitam minimizar os prejuízos resultantes de uma quebra de produção
de vinho estimada em 80 por cento.
"Esta marcha de protesto visa sensibilizar a Câmara de Palmela e o
Governo para nos ajudar a fazer face aos prejuízos resultantes da
quebra de produção, que, em alguns casos, pode pôr em causa a
continuidade das explorações agrícolas", disse hoje à Lusa o
presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal,
Joaquim Caçoete.
O dirigente da associação de agricultores justificou a fraca
participação dos produtores de vinho na manifestação, alegando que
alguns estão a fazer a vindima, mas que todos estão solidários com as
reivindicações que estão a apresentar ao Governo.
Joaquim Caçoete afirmou ainda que o Governo já disse aos agricultores
que existe uma linha de crédito disponível (50 milhões de euros), mas
defendeu a necessidade de outro tipo de apoios financeiros a fundo
perdido ou a longo prazo.
"Nem sei se valerá a pena fazer a vindima"
A opinião foi corroborada por José Augusto Silva, produtor de vinho da
região de Palmela, que disse ter grande parte da produção deste ano
comprometida devido às condições climatéricas adversas e ao míldio -
doença provocada por um fungo.
"Penso que mais de 80 por cento da produção está perdida e nem sei se
valerá a pena fazer a vindima", referiu ainda José Augusto Silva, que
prevê um prejuízo na ordem dos 80 mil euros.
Os agricultores de Palmela desfilam em marcha lenta desde o Poceirão
até à Câmara Municipal de Palmela, onde esperam ser recebidos ao final
da manhã pela presidente daquela autarquia, Ana Teresa Vicente.
http://www.publico.pt/Economia/agricultores-em-marcha-lenta-pedem-apoios-para-a-vinha_1510960
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