A Ministra da Agricultura voltou a insistir que "não será possível
terminar" projecto do Alqueva "até 2013" e reiterou que a EDIA deverá
ser extinta. Programa Polis continua em análise.
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, reiterou na sexta-feira
que, perante as "condições actuais de financiamento" do país, "não
será possível terminar, até 2013" o projecto do Alqueva e é necessário
fasear a conclusão da obra.
"É o reajustamento que é preciso fazer para as condições actuais de
financiamento do Estado e, quem não disser isto, creio que não estará
a ser totalmente honesto e sério, até do ponto de vista intelectual",
frisou Assunção Cristas, em Montemor-o-Novo, onde visitou o certame
agro-pecuário EXPOMOR.
"Não é possível o Estado manter esse esforço tão concentrado de
investimento" no Alqueva, e o país não tem "condições para ir ao
mercado buscar esse dinheiro todo" que o Alqueva precisa, assumiu
Cristas.
A prioridade no que toca à componente agrícola do Alqueva, insistiu a
ministra da Agricultura, é "usar o que já está" feito, ao nível de
regadios, e "mostrar o que se pode fazer e criar boas práticas, para
depois irem sendo replicadas".
Sobre a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva
(EDIA), gestora do empreendimento, Assunção Cristas disse que estão a
ser avaliadas as hipóteses sobre o futuro da empresa, mas a
"inclinação" é para que "termine". A ideia é ainda que, se a EDIA for
extinta, a rede secundária do regadio possa vir a ser concessionada às
associações de regantes.
Assunção Cristas falou também sobre o programa Polis. A avaliação dos
projectos só estará finalizada no final deste mês, mas a ministra
avisou que as restrições financeiras também se vão fazer notar, e que
as prioridades irão para a segurança das pessoas e a segurança
costeira.
"Os Polis estão, mais uma vez, sob avaliação. A minha ideia era
conseguir que, até ao final deste mês, possa haver uma avaliação
rigorosa e, nessa altura, decidir-se o que é que se faz em relação a
cada um e, sobretudo, o que é que se faz dentro de cada um", disse
Cristas.
Segundo a governante, "todos [os Polis] têm acções que são urgentes,
necessárias e prioritárias", sobretudo no que respeita à "segurança de
pessoas" e à "segurança na orla costeira".
Quanto ao futuro dos programas de valorização urbana e ambiental
Polis, com a extinção da Parque Expo, gestora dos projectos,
entretanto já anunciada pelo Governo, a ministra assegurou que ainda
"não está tomada qualquer decisão", mas defendeu "uma racionalização
dos recursos financeiros", tendo em conta a situação do país.
http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/45389
Sem comentários:
Enviar um comentário