quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Vinhos: Sector contesta subida do IVA até 23 por cento “Não aguentamos mais carga fiscal”

"Não aguentamos mais carga fiscal, sob pena de o sector ficar sem
saída", alerta o secretário--geral da Federação Nacional das Adegas
Cooperativas de Portugal (Fenadegas), António Costa Oliveira. A mesma
preocupação foi já transmitida esta semana pela Associação de
Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) à ministra da Agricultura, que
prometeu defender o sector do ataque fiscal.
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Por:Manuela Teixeira


"A preocupação é muito grande, até porque o sector já vive com graves
dificuldades. Se houver este aumento brutal do IVA, não sei como os
produtores possam sobreviver", disse ao CM José Arrude, presidente da
AMPV, que anteontem se reuniu com Assunção Cristas. "A ministra
prometeu defender o sector junto dos ministro da Economia e das
Finanças, mas, para já, é tudo o que temos", referiu José Arrude.
O pânico face ao aumento do IVA atravessa o sector, desde produtores,
comerciantes, turismo em regiões demarcadas, restauração e diversa
actividades subjacentes.
Manuel Costa Oliveira, da Fenadegas, que representa metade das adegas
do País, teme as piores consequência para os produtores. "Com mais
carga fiscal em cima, mais adegas podem fechar", alerta. E explica a
situação actual. "O mercado nacional não consegue consumir o que
produz e o mercado internacional está cada vez mais competitivo",
salienta.
A revolta está quase a transbordar os copos de vinho, mas o
representante de cerca de 90 adegas cooperativas apela, para já, ao
diálogo. "Todas as actividades dependentes do sector têm de se sentar
à mesa e tentar um diálogo construtivo com os governantes", diz
António Costa Oliveira. Também o presidente da Confederação dos
Agricultores, João Machado, alerta para o agravamento dos problemas do
sector se subirem os impostos. Machado tem ainda esperança de que a
medida não avance.
GOVERNO TENTA NÃO AUMENTAR IVA NOS BENS ESSENCIAIS
A ministra da Agricultura disse ontem que o Governo está preocupado em
não aumentar o IVA sobre bens essenciais como o pão, depois da
anunciada subida do imposto em alguns produtos e serviços a partir de
Outubro. "Se o pão é absolutamente essencial, o vinho é uma matéria de
preocupação para nós, já devidamente sinalizada junto do Ministério
das Finanças, porque é um sustento importante da agricultura e da
economia portuguesa", referiu a ministra Assunção Cristas.
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentID=ED5C04FB-43D2-4010-8BE0-712D344FA12B&channelID=00000011-0000-0000-0000-000000000011

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