quinta-feira, 8 de setembro de 2011 09:34 BRT Imprimir | Uma página
Por Svetlana Kovalyova
MILÃO (Reuters) - Os preços globais de alimentos recuaram em agosto
ante o mês anterior, depois que a fraqueza das oleaginosas e dos
lácteos compensou os preços mais altos dos grãos, disse a agência das
Nações Unidas para o setor.
O Índice de preços de Alimentos de 55 commodities caiu 231,1 pontos em
agosto, abaixo dos 231,9 pontos de julho, disse a Organização das
Nações Unidas para Alimentos e Agricultura (FAO, na sigla em inglês),
em comunicado.
O índice --que mede as variações mensais de preços para uma cesta que
inclui cereais, oleaginosas, lácteos, carnes e açúcar-- ainda continua
26 por cento superior ao ano passado. O índice alcançou a máxima
histórica de 238 pontos em fevereiro.
A FAO disse que cortou sua projeção para a produção de cereais em
2011, para 2,307 bilhões de toneladas, queda de 6 milhões de toneladas
sobre o número anterior, devido em grande parte à revisão para baixo
na safra de milho dos Estados Unidos, mas ainda é 3 por cento superior
à safra de 2011.
"A situação de oferta de milho é causa de preocupação, um fator que já
está refletido na alta dos preços internacionais do milho", disse a
FAO.
Entretanto, a expansão da produção de cereais em 2011 não será
suficiente para encerrar o aperto nos estoques globais e em 2012 a
previsão é que estes permaneçam em baixos níveis, disse a FAO.
O Índice de Preços de Cereais da FAO ficou em 253 pontos em agosto, ou
2,2 por cento acima de julho e 36 por cento maior que em agosto de
2010, impulsionado pelo crescimento nos preços internacionais de milho
e arroz.
O Índice de Preços da FAO para Oleaginosas ficou em 243,6 pontos em
agosto, seguindo uma tendência de queda desde março, mas ainda 14 por
cento maior que em mesmo período do ano passado.
O Índice de Preços de Produtos Lácteos ficou em 220,6 pontos em
agosto, versus 227,8 pontos em julho, puxado pela queda nos preços do
leite. Mesmo assim, o índice ainda continua 14 por cento maior que no
mesmo período do ano anterior.
(Reportagem de Svetlana Kovlyova)
http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE78704420110908?pageNumber=1&virtualBrandChannel=0
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