Por Solange Sousa Mendes, publicado em 13 Out 2011 - 15:55 |
Actualizado há 5 horas 11 minutos
Imprimir Enviar
Será que podemos alimentar o Mundo sem o destruir? Foi a questão que
um grupo de cientistas lançou por causa da possível falta de produção
de alimentos. Se tivermos em conta que a terra cultivável cobre cerca
de 40% do nosso planeta, que três quartos da água utilizada é para
fins agricolas e que um terço das emissões de gases provém dessa
actividade, é bem possível que estejamos perto do fim da natureza. Se
a isso ainda acrescentarmos que está previsto que a procura de
alimentos venha a dobrar nas próximas quatro décadas, então não há
dúvidas. Mas, segundo os cientistas, não tem de ser assim
obrigatoriamente. É importante uma mudança de atitudes, de modo a
evitar a desflorestação e a escassez de alimentos.
Serão necessários mais investimentos de produção em locais que estão a
ser desperdiçados, como é o caso da Ucrânia, um uso mais eficiente da
água e de fertilizantes e um menor consumo de carne - de acordo com
este estudo, cerca de 40% das culturas do planeta são usadas para
alimentar animais.
O economista Thomas Hertel diz que os mercados podem ajudar a resolver
o nosso problema planetário, se dermos o passo correcto. Por exemplo,
os governos podem cobrar mais pela água e fertilizante, desencorajando
os resíduos. Até porque se os alimentos escassearem, os preços sobem,
os agricultores obtém mais lucros e, por conseguinte, cultivam mais.
Mas como tudo tem um pau de dois bicos, se o preço da alimentação
sobe, o consumo vai decrescer porque os mais pobres não vão conseguir
fazer face aos custos. Esta é uma das questões mais complexas com que
os economistas se estão a debater.
http://www.ionline.pt/mundo/agricultura-principal-meio-alimentar-destruir-mundo-0
Sem comentários:
Enviar um comentário