14-10-2011
O Matadouro do Litoral Alentejano, em Odemira, está concluído, mas não
pode começar a laborar por falta de veterinários, segundo o deputado
do PSD Mário Simões.
O deputado, que se comprometeu a sensibilizar as entidades competentes
para a resolução do problema, alertou para o facto da nova
infra-estrutura estar «concluída, mas não pode proceder ao abate de
animais porque, segundo a administração do Matadouro do Litoral
Alentejano (MLA), a Direcção-Geral de Veterinária (DGV) não
disponibiliza a equipa de veterinários necessários ao controle e
fiscalização dos abates».
O deputado social-democrata eleito por Beja lembra que a nova unidade
de abate de bovinos, ovinos e suínos está dotada do mais moderno
equipamento e dimensionada para corresponder às necessidades das
pequenas e médias explorações pecuárias, de uma área geográfica que
abrange 27 concelhos alentejanos e algarvios.
Os «problemas burocráticos» que «atrasam» a abertura do matadouro,
construído na freguesia de Fornalhas Velhas, no concelho de Odemira,
num investimento de cinco milhões de euros, estão a provocar, segundo
Mário Simões, «graves problemas à gestão do mesmo por força dos
encargos financeiros que estão a ser suportados pela empresa».
Numa reunião com os administradores do matadouro, Mário Simões
comprometeu-se a sensibilizar as entidades competentes para serem
«superados os obstáculos que estão a travar o arranque da actividade
do MLA».
O deputado vai ainda oficiar o gabinete da Ministra da Agricultura
para que seja analisado o problema, para que o novo matadouro possa
entrar em actividade até ao final deste ano.
Contactado pela Lusa, Ricardo Silva, administrador do matadouro, disse
que actualmente «estão a ser concluídas as obras de abastecimento de
água» à infra-estrutura e, «muito em breve, será marcada a vistoria».
Conforme explicou, a falta de veterinários «só será uma condicionante
se a situação se mantiver no dia a seguir à emissão da licença de
laboração», o que, de acordo com as suas previsões, poderá acontecer
nos próximos 30 dias.
Contudo, admitiu que «o corpo de inspecção ao serviço nas unidades
veterinárias do Alentejo não chega para mais um matadouro» e que «a
DGV, tal como qualquer entidade pública, está condicionada na
contratação de funcionários».
Ricardo Silva garantiu ainda que a administração do matadouro está «a
trabalhar» para que a contratação dos quatro veterinários necessários
«não venha a ser um problema».
A sociedade do MLA foi criada, no final de 2003, por produtores
pecuários e entidades ligadas ao sector, com o apoio da Câmara de
Odemira e de uma entidade bancária, que detêm mais de 90 por cento do
capital social.
No final de Outubro de 2010, o presidente do município, José Alberto
Guerreiro, divulgou que o matadouro, considerado «fundamental para o
desenvolvimento da fileira da carne» no Baixo Alentejo e no Algarve,
deveria começar a funcionar em Março ou Abril deste ano.
No entanto, sucessivos atrasos têm feito com que, actualmente, a
administração não avance uma data para a abertura da nova
infra-estrutura alentejana.
Fonte: Lusa
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia42220.aspx
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