07.10.2011
Ricardo Garcia
O Instituto de Meteorologia, que está prestes a ser integrado num novo
organismo governamental, está operar nos "limites mínimos" de
recursos, mas aumentar o seu quadro de pessoal está fora de questão
neste momento.
Numa cerimónia, hoje, comemorativa dos 65 anos do instituto, o seu
presidente, Adérito Serrão, mencionou que os colaboradores actuais do
organismo estão já "situados nos seus limites mínimos para uma
prestação de qualidade nas áreas de operações e da investigação".
O número de funcionários foi reduzido de 498 no princípio de 2003 para
317 hoje. A folha de pagamentos é suportada em 60% pelo Orçamento de
Estado. O resto vem de receitas próprias, sobretudo da venda de
serviços meteorológicos para o sector da aviação.
O organismo vai ser brevemente integrado no futuro Instituto Português
do Mar e da Atmosfera, que também absorverá o Instituto de
Investigação das Pescas e do Mar (Ipimar) e algumas competências hoje
dispersas por outros organismos estatais. O secretário de Estado do
Mar, Manuel Pinto de Abreu, disse hoje que ideia centra é "valorizar o
que existe e não replicar serviços". Ainda assim, estão a ser
estudadas soluções alternativas para contornar a falta de recursos.
"Não vai ser fácil estar agora a aumentar o quadro de pessoal", disse
Pinto de Abreu, à margem da cerimónia no Instituto de Meteorologia.
Uma das alternativas será a constituição de parcerias com
universidades e centros de investigação, com objectivos concretos e
sem custos monetários para o Estado. O acesso à utilização dos dados
obtidos durante os trabalhos de investigação poderá ser uma forma de
pagamento dos serviços prestados por aquelas instituições.
Neste momento, ainda estão a ser definidos os contornos finais do
Instituto Português do Mar e da Atmosfera. A lei orgânica do
Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território -
que agora é responsável pela meteorologia, depois de anos de tutela
pela pasta da ciência - deverá ser aprovada em Conselho de Ministros
dia 26 de Outubro, juntamente com as dos demais ministérios em que foi
organizado o Governo de coligação do PSD e CDS-PP. No total, serão
extintos ou fundidos 168 organismos, no âmbito do Plano de Redução e
Melhoria da Administração Central
(Premac).http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1515457
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1515457
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