Ministros de Finanças do grupo enfrentam nova pressão para
intensificar a regulação dos mercados de commodities
AE | 11/10/2011 15:57
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Os ministros de Finanças das 20 maiores economias do mundo (G20)
enfrentaram hoje nova pressão para intensificar a regulação dos
mercados de commodities, reacendendo o debate sobre o papel dos
especuladores no aumento de preços, em um momento em que deixam o
setor mais rápido do que durante a crise de 2008.
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Em uma carta aos ministros do G20, 450 economistas de importantes
instituições de pesquisa, incluindo as universidades de Cambridge e
Oxford, pediram medidas para conter o investimento especulativo nos
mercados de alimentos, que eles culpam por conduzir os preços para
máximas recordes neste ano.
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Eles defendem limites para as posições que investidores unicamente
financeiros podem deter nos mercados de commodities agrícolas,
definidos a fim de garantir liquidez suficiente para os mercados
funcionarem, mas baixos o suficiente para impedir "uma concentração
excessiva de atores puramente financeiros."
"Com cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo sofrendo fome
crônica, a ação é urgentemente necessária para conter especulação
excessiva e seus efeitos no preço global dos alimentos", disseram os
economistas na carta, publicada no site do grupo de campanha
antipobreza Movimento de Desenvolvimento Mundial.
"Limites claros proporcionariam segurança regulatória, promovendo
mercados de derivativos estáveis e sustentáveis, em benefício dos
produtores e consumidores de alimentos, e estabilidade econômica
generalizada." A carta reforça apelos similares feitos pelo presidente
francês, Nicholas Sarkozy, que tornou o combate à volatilidade nos
mercados de alimentos a prioridade de sua liderança do G20 neste ano.
Apesar de seu posicionamento sobre o assunto, os ministros de
Agricultura do grupo não conseguiram chegar a um consenso sobre isso
em junho, e muitos temem que os ministros de Finanças não se sairão
melhor nesta semana. O manifesto dos economistas surge depois que a
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO)
alertou que os preços dos alimentos devem permanecer altos e voláteis,
à medida que a produção enfrenta dificuldades para acompanhar o ritmo
de crescimento da demanda dos países emergentes e grãos são desviados
para fabricação de biocombustíveis.
Ainda que tenha observado que "a crescente participação por exemplo,
de fundos de pensão nos mercados financeiros que negociam fundos
indexados a commodities possa levar ao aumento da volatilidade", a FAO
se recusou a culpá-los pela elevação dos preços. "Esta é uma questão
muito debatida, sem um consenso claro."
Enquanto isso, dados mostraram que a posição mantida por especuladores
em muitos mercados de commodities agrícolas dos Estados Unidos
atingiram o menor patamar em mais de dois anos. De acordo com os
dados, o saldo líquido de posições compradas nos mercados futuros e de
opções caiu de 15% para 3% nas quatro semanas até 4 de outubro.
"A velocidade com a qual o capital especulativo deixou os mercados
agrícolas em setembro facilmente superou 2008", disse Paul Deane,
analista do ANZ Bank. As informações são da Dow Jones.
http://economia.ig.com.br/empresas/agronegocio/economistas-pedem-que-g20-detenha-especulacao-de-commodities/n1597267827783.html
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