IVA
por LusaHoje
O presidente da Associação Empresarial da Guarda (NERGA) considerou
hoje que o aumento do IVA para alguns produtos levará mais portugueses
a comprar em Espanha e colocará em causa "a sustentabilidade do
comércio" local.
"O aumento do IVA para 23 por cento já foi altamente penalizante para
o pequeno comércio e até para o grande comércio", disse Pedro Tavares,
apontando que existe uma diferença percentual de sete pontos entre os
dois países.
Com o aumento do IVA em alguns produtos da zona intermédia da área
alimentar, o responsável vaticina que "o fluxo de pessoas a irem
comprar aos supermercados na zona de fronteira [espanhola] vai
aumentar e vai prejudicar muito o comércio na zona transfronteiriça".
Atendendo à diminuição do poder de compra, devido a outras medidas
impostas pelo governo, o dirigente da Associação empresarial da Guarda
admitiu que os habitantes nas zonas de fronteira, como o caso da
Guarda, "vão fazer ainda mais compras" em território espanhol.
"É possível que se desloquem mais a Espanha e que se abasteçam até
para o mês e deixem de comprar grande parte dos produtos em Portugal",
afirmou à agência Lusa.
Pedro Tavares lembrou que sendo os produtos mais baratos no lado de lá
da fronteira, quem se deslocar a Espanha para encher o depósito do
automóvel com combustível, aproveita a viagem e compra "o arroz, a
massa e o leite" nos supermercados locais.
O responsável da NERGA mostra-se preocupado com o futuro do setor
comercial e empresarial da região, porque "este aumento de IVA traz
diminuições de vendas, diminuições de lucros e o aumento de despesas".
Referiu que, em breve, será "muito complicado" garantir a
"sustentabilidade do comércio e da própria indústria" na região.
O NERGA tem cerca de 195 associados nos 14 concelhos do distrito da Guarda.
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2057312&page=-1
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