sexta-feira, 8 de março de 2013
Comissão Europeia quer saber quais os riscos de carne de cavalo com fármaco
A Comissão Europeia solicitou à Agência Europeia para a Segurança Alimentar e à Agência Europeia do Medicamento que avaliem os riscos para a saúde pública do consumo de carne de cavalo com vestígios de anti-inflamatório.
Efeitos da carne de cavalo com vestígios de anti-inflamatório serão investigados
De acordo com uma nota divulgada no site da Agência Europeia para a Segurança Alimentar, o pedido ocorre depois de terem sido detetados produtos alimentares à base de carne de vaca contendo carne de cavalo e também após ter sido descoberto o anti-inflamatório fenilbutazona em carcaças de cavalos destinadas à cadeia alimentar.
Esta quinta-feira, a associação portuguesa de defesa do consumidor Deco anunciou ter detetado vestígios daquele anti-inflamatório na carne de cavalo encontrada em produtos alimentares à venda em Portugal.
Depois do pedido de Bruxelas, as duas agências da União Europeia farão uma avaliação conjunta e elaborar pareceres científicos até dia 15 de abril, para ajudar a clarificar sobre os riscos potenciais para os consumidores decorrentes da presença de fenilbutazona em carne de cavalo.
O comunicado refere que "irão considerar tanto o risco inerente ao consumo de carne de cavalo propriamente dito, bem como ao de outros produtos ilegalmente contaminados com carne de cavalo".
Os dois organismos também poderão recomendar, se for caso disso, medidas de controlo adicionais.
A fenilbutazona é usada por vezes na medicina humana, mas para o tratamento de doenças inflamatórias severas onde nenhum outro tratamento é considerado adequado, refere a nota divulgada no site da Agência Europeia para a Segurança Alimentar.
Na medicina veterinária, a sua utilização é permitida nalguns estados-membros para alívio da dor ou da inflamação em animais que não sejam para consumo.
Este anti-inflamatório está proibido no tratamento de animais destinados à cadeia alimentar e, qualquer presença desta substância em alimentos de origem animal, resulta de uma utilização ilegal.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3095470&page=-1
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