O GOVERNO DIZ
por Lusa, texto publicado por Isaltina PadrãoHojeComentar
O secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento
Regional, António Almeida Henriques, afirmou hoje que "urge potenciar"
a capacidade agrícola, turística e industrial do Alentejo no âmbito do
próximo quadro de fundos comunitários.
"Não quer dizer que não existam ainda algumas infraestruturas que têm
que ser feitas. Agora, o Alentejo tem um pendor agrícola extremamente
forte que urge potenciar, tem um pendor turístico extremamente forte
que também urge potenciar", afirmou.
A juntar a esse potencial, acrescentou o secretário de Estado, está
ainda a capacidade da região para produtos endógenos capazes de serem
exportados e a vertente industrial: "Em bom rigor, o Alentejo já tem
hoje algumas infraestruturas industriais" e é preciso "puxar por
elas".
Estas são algumas das prioridades a que o Alentejo deve estar atento
na preparação do seu plano de ação regional para o quadro de apoios
comunitários para o período entre 2014 e 2020, realçou Almeida
Henriques.
O secretário de Estado falava aos jornalistas após presidir ao
encerramento da conferência "Plano de Ação Regional Alentejo 2020",
que decorreu hoje em Évora, na Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional.
Segundo o governante, muitas vezes, de forma errada, espera-se "que
apareça o tal grande investimento que vai permitir criar centenas de
postos de trabalho".
"Dificilmente se consegue captar hoje um investimento que crie logo
centenas de postos de trabalho. Temos é que ir captando os diferentes
investimentos que criam 10, 20 ou 40 postos de trabalho", cujo
"somatório conflui, exatamente, para essa lógica de crescimento",
defendeu.
Almeida Henriques lembrou que, desde que este Governo tomou posse, o
Alentejo deixou de ser "a região do país mais atrasada" na execução
dos fundos comunitários, tendo conseguido dar "um grande salto" nessa
matéria.
Neste período de preparação do novo Quadro de Referência Estratégico
Nacional (QREN), "a grande preocupação" é delinear "uma boa
estratégia" para a região, mas esta não pode ser "o somatório de
diferentes estratégias, como no passado", alertou.
"As autarquias, a universidade, as empresas faziam, cada uma, a sua
própria estratégia e nada disto confluía", criticou, exortando os
atores regionais a estabelecerem um plano de ação que seja o resultado
dos diferentes contributos.
Depois, sublinhou, passada a fase dos projetos ligados sobretudo as
infraestruturas básicas (por exemplo de saneamento) e os equipamentos
complementares (como piscinas ou centros de Saúde), é altura de o
Alentejo promover projetos que gerem riqueza para permitir a fixação
de pessoas.
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3090137&page=-1
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