08-03-2013
As previsões agrícolas, em 31 de Janeiro, apontam para a manutenção
das áreas dos cereais de Outono/Inverno, cujas sementeiras têm
registado atrasos provocados pela intensa precipitação que obrigou à
interrupção dos trabalhos.
O forte temporal que se abateu no dia 19 de Janeiro sobre o território
do Continente provocou prejuízos avultados, destruindo infraestruturas
e culturas. Devido às condições meteorológicas que se fizeram sentir
ao longo de todo o ciclo vegetativo do olival, a produção de azeite
inverteu a tendência de subida das últimas quatro campanhas, com a
redução a rondar os 25 por cento face a 2011.
- As condições meteorológicas verificadas durante este mês
influenciaram positivamente o crescimento e a produção da massa verde
dos prados, pastagens e culturas forrageiras. No entanto, as pastagens
de altitude, que servem de alimento aos pequenos ruminantes, têm-se
ressentido das baixas temperaturas, apresentando um menor
desenvolvimento. Também os prados e forragens instalados nas zonas
mais baixas, e com drenagem mais deficiente, mostram alguns sintomas
de encharcamento, embora ainda dentro dos parâmetros aceitáveis.
- As sementeiras dos cereais praganosos de Outono/Inverno continuam
atrasadas, em virtude das sucessivas interrupções causadas pela
intensa precipitação, que tem alagado os solos mais pesados e impedido
o acesso das máquinas aos campos. Atendendo a estes condicionalismos,
as áreas semeadas são neste momento semelhantes às do ano anterior,
embora se espere ainda um aumento destas superfícies, impulsionadas
pelos atractivos preços de mercado dos cereais para grão.
- As condições climatéricas adversas, nomeadamente as elevadas
amplitude térmicas, os ventos fortes e a seca prolongada, que se
fizeram sentir ao longo do ciclo de produção do olival, aliadas a um
ano de contrassafra, condicionaram as produções dos olivais de
sequeiro para azeite. Nos olivais intensivos e superintensivo
maioritariamente regados, as consequências negativas do défice hídrico
foram mitigadas, atenuando os decréscimos de produção de azeite que,
ainda assim, deverão alcançar os 25 por cento, face à anterior
campanha.
De um modo geral, a matéria-prima recepcionada pelos lagares tem
apresentado parâmetros de qualidade considerados normais, sendo o
azeite produzido homogéneo e com reduzida acidez, característica
organolética determinante para uma maior valorização por parte dos
consumidores. Em contrapartida, os rácios do rendimento médio (funda)
em termos de kg de azeitona laborada por litros de azeite produzido
tem apresentado valores inferiores aos da última campanha, devido
essencialmente à ausência de humidade que condicionou o crescimento do
fruto.
Fonte: INE
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia45935.aspx
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