quarta-feira, 13 de março de 2013

Sector agro-alimentar revoluciona agricultura em Portugal


Terça-Feira, 12 Março de 2013
Muito recentemente em entrevista dada ao semanário MUNDO PORTUGUÊS a Ministra da Agricultura afirmou "A Agricultura é neste momento um sector vivo e com esperança e são os próprios números que mostram isso quando revelam um sector que cresce 2,8 por cento quando a restante economia se contrai 3 por cento".

O que fez este sector mudar desta forma quando ainda há tão pouco tempo era por todos considerado um sector moribundo, sem futuro e para acabar definitivamente? O que mudou foi precisamente o aumento da exportação.
A própria ministra o diz ao afirmar na mesma entrevista "Temos de ficar satisfeitos com estes valores porque vemos a agricultura a crescer e a criar emprego, estando a contribuir activamente para as exportações nacionais"…
Ou seja a agricultura do subsídio, está cada vez mais a dar lugar à agricultura jovem e moderna que quer "encontrar-se a sós" com o mercado, sem o espartilho do estado, dos reguladores e dos institutos que apoiam, subsidiam mas também  condicionam, por vezes de tal forma que criam um espartilho tal, que retira ao produtor muita inovação e capacidade inata de fazer. A Agricultura sabe que tem bons produtos e que o mercado os reconhece, precisando apenas da plataforma que lhe apresente esse mesm o mercado.

O caso do Agro-Alimentar

Com um Volume de Negócios de 14 mil milhões de euros esta é a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional e que mais empregos gera em Portugal.
A Indústria Agro-alimentar na economia portuguesa assegura a transformação de alimentos e bebidas gera cerca de 21 por cento do VAB (Valor Acrescentado Bruto ou seja, o resultado final da actividade produtiva) da cadeia do valor alimentar.
No entanto é preciso ter a consciência que tudo assenta no negócio e o futuro aponta para a necessidade de uma estratégia desenhada para ultrapassar os principais desafios competitivos. A principal medida passa pela adopção de uma cultura de eficiência e produtividade nas empresas através do desenvolvimento de melhores práticas de negócio, de forma a optimizar a estrutura de custos e a sustentabilidade dos métodos produtivos e ainda pela criação de sinergias e mecanismos de expansão que permitam concretizar economias de escala.
Outro grande desafio passa pela promoção da política de internacionalização dos produtos nacionais, devendo ser adoptada uma cultura de internacionalização, apostando na diversificação de canais e mercados. O futuro passa inevitavelmente pela criação de mecanismos de apoio à internacionalização das empresas da Indústria Agro-alimentar e ainda pela criação de sinergias entre empresas do sector privado para facilitar o processo de internacionalização.

O futuro já começou

Mas nesta matéria bem se pode dizer que o futuro já começou há perto de vinte anos, quando o SISAB PORTUGAL começou a fazer essa mesma apresentação do mercado internacional às empresas portuguesas, pondo-as a dialogar e a trocar experiências e necessidades a que o sector em Portugal deu uma resposta fantástica, ultrapassando em muito o que lhe era pedido. E não é de admirar, sendo o SISAB PORTUGAL um evento da inicdiativa privada, não fez imposições, não criou limites, nem impôs barreiras, limitando-se a criar oportunidades e a dilatar mais as opções das empresas, dialogando permanentemente com os empresários e por isso mesmo, sabendo sempre compreender a cada momento as dificuldades e as expectativas das empresas que abraçaram este projecto.
Por isso no SISAB PORTUGAL nasceram muitos projectos de internacionalização, que ultrapassaram a simples relação comercial. Muitas empresas iniciaram aqui a sua verdadeira internacionalização descobrindo novos mercados, como no caso de Moçambique, Angola, Brasil, Reino Unido entre outros. Por isso se diz que o SISAB PORTUGAL mais do que uma simples feira é uma plataforma de parcerias de negócios a nível mundial. Mas o caso mais paradigmático desta realidade deverá ser a empresa que graças a uma relação estabelecida no SISAB PORTUGAL está neste momento a vender arroz para a China, quase o velho paradigma de conseguir vender "areia para o deserto"...

Aumento do valor do produto

Esta verdadeira internacionalização das empresas portuguesas, criou uma importante valorização do produto agro-alimentar português, levando-o até mercados que pagam melhor, remunerando portanto o produto com mais generosidade, trazendo mais valor para o país. E se no primeiro momento tal aconteceu primordialmente no sector dos vinhos, está a acontecer agora também noutros sectores do agro-alimentar português.
Não se estranha pois, que as vendas internacionais de bens continuem a crescer e o sector agro-alimentar se destaque com uma subida de mais de 300 milhões de euros face a 2011. O peso das exportações no total das vendas internacionais é de 11,4 por cento e os produtos da Indústria agro-alimentar são os que mais cresceram nas vendas internacionais.
Por outro lado, e tal como referiu a ministra da agricultura há muitos jovens a entrar no sector e a fazer baixar a idade média do agricultor português, porque se acredita que o sector pode dar uma vida digna a quem quer fazer da agricultura a sua vida. Estes são os principais sinais de mudança de um sector que está a mudar e a quem se antevê um importante papel na recuperação económica do país.

http://www.mundoportugues.org/content/1/11158/sector-agroalimentar-revoluciona-agricultura-portugal/

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