2013.03.15 (00:00) Distribuição
A empresa liderada por Paulo Azevedo teve uma queda de lucros na ordem
dos 70% em 2012, para os 33 milhões de euros, um resultado que ficou
abaixo das estimativas dos analistas, que apontavam para os 72 milhões
de euros. O custo da dívida, os impactos das imparidades e os
prejuízos nos centros comerciais explicam esta queda.
"Resultam da actual situação macroeconómica e conjuntura financeira,
não tendo afetado o nível de rentabilidade operacional e geração de
cash-flow dos negócios", refere o comunicado da empresa. O volume de
negócios da empresa caiu 3%, para os 5,3 mil milhões de euros, tendo a
dívida líquida baixado pelo décimo terceiro trimestre consecutivo,
fixando-se agora em 1.816 milhões de euros.
Mas foi o resultado negativo da Sonae Sierra que mais pesou nas contas
anuais. No total, o prejuízo da empresa que gere os centros comerciais
do grupo foi de 46 milhões. O EBITDA da Sonae Modelo Continente, que
sustenta metade do volume de negócios, caiu 1% para os 3,28 mil
milhões de euros. O volume de negócios da empresa caiu 3%, para os 5,3
mil milhões de euros. A empresa apresentou queda de lucros de 70% em
2012.
Sonae vai internacionalizar a área de retalho alimentar
A aposta da Sonae nos modelos de "franchising" e de "wholesale" em
novos mercados faz parte da estratégia de internacionalização da
empresa, que pretende explorar a "excepcional base de activos e a
capacidade de inovação que detém em Portugal através de modelos de
expansão 'capital light'", revela a Sonae através de comunicado.
"A exportação de produtos para outras cadeias de retalhistas
internacionais e o franchising são desenvolvimentos naturais do
negócio que estamos a testar e que permitem criar valor para a
economia nacional", refere Luís Moutinho, CEO da Sonae MC, citado em
comunicado.
No modelo de "wholesale", a Sonae MC vai apostar na gama de marcas
Continente e noutras exclusivas que "beneficiam de um forte
reconhecimento no mercado português" e que se "apresentam muito
competitivas para a exportação". As marcas de fabricantes também vão
ser contempladas.
Segundo a empresa, a internacionalização da área de retalho alimentar
vai contribuir para o "desenvolvimento de um vasto conjunto de
empresas portuguesas". 85% dos produtos da marca Continente e das
marcas exclusivas são produzidos no país.
Sonae apresentou esta quarta-feira os resultados da empresa relativos
ao exercício de 2012, que caíram 69%, penalizados pelo prejuízo da
Sonae Sierra. Durante a apresentação, Paulo Azevedo comunicou ainda a
possibilidade de abertura dos hipermercados Modelo Continente em
Angola no próximo ano, num investimento que está a ser realizado em
parceria com Isabel dos Santos.
FONTE: Dinheiro Vivo/Jornal de Negócios
http://www.anilact.pt/informacao-74/7240-lucros-da-sonae-caem-70-em-2012
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