ARTIGO | TER, 26/02/2013 - 12:57
Um cadastro florestal feito nos "moldes ideais" levaria "15 a 20 anos"
e serviria de base à gestão na segunda metade do XXI, anteviu hoje o
especialista António Louro, do Fórum Florestal.
No ciclo de conferências promovido pelos grupos parlamentares do PSD e
CDS-PP "valorizar, rentabilizar e proteger a floresta", o especialista
lembrou que o cadastro, desde 1930 até à hoje, foi feito em mais de
120 concelhos e em 1,9 milhões de prédios rústicos.
"O drama é que faltam 172 concelhos e 10 milhões de prédios", afirmou.
Para António Louro, "só daqui a uma década, década e meia" se consegue
ter um cadastro ideal.
"As decisões e as políticas que temos de promover nos minifúndios nas
próximas duas décadas têm de ser feitas sem um cadastro de rigor
técnico e exatidão científica", antecipou.
Presente na abertura da conferência, o secretário de Estado das
Florestas, Francisco Gomes da Silva, assumiu que um "cadastro
convencional" demora demasiado tempo e consume recursos financeiros
que o país não tem.
António Louro considerou que esse modelo ideal de cadastro iria servir
de base para decisões políticas na "segunda metade do século XXI".
O especialista afirmou que os proprietários que conhecem as extremas
do seu território podem "recear" o cadastro, face a um "quadro de
fiscalidade [que] possa retirar o pouco rendimento da sua
propriedade".
António Louro referiu-se, também, às Zonas de Intervenção Florestal
(ZIF), que "têm enorme potencialidade e que se encontram a meio do seu
crescimento de infância".
"As ZIF têm agora muitos defeitos, mas podem ser um excelente
instrumento para ter uma floresta mais segura e rentável em Portugal",
considerou.
http://online.jornaldamadeira.pt/artigos/um-cadastro-florestal-feito-nos-%E2%80%9Cmoldes-ideais%E2%80%9D-levaria-%E2%80%9C15-20-anos%E2%80%9D-defende-especialista
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