Corticeira Amorim teve vendas históricas: 500 milhões de euros. A
rolha tem uma notoridade "nunca vista", diz o CEO António Rios de
Amorim
António Rios de Amorim
Adelino Meireles
02/03/2013 | 00:00 | Dinheiro Vivo
As exportações de cortiça estão a crescer a um ritmo superior ao do
mercado do vinho. Uma tendência dos últimos três anos e que, a par do
reconhecimento dos principais críticos mundiais da performance da
rolha, são os dois fatores invocados pelo presidente da líder mundial
do setor, a Corticeira Amorim, para validar a estratégia seguida pela
empresa que, em 2012, apresentou vendas históricas acima de 500
milhões. António Rios de Amorim acredita que a cortiça usufrui hoje de
uma notoriedade internacional "nunca vista" e cita exemplos vários de
reconhecimento, desde a indústria vinícola, a arquitetura, o design ou
os transportes.
Veja aqui a entrevista completa
"Os sinais do mercado - seja nas exportações, seja no valor premium
atribuído à rolha de cortiça ou no reconhecimento dos críticos - são
muito benéficos para o vedante natural, em detrimentos dos
artificiais", afirma o gestor. No entanto, reconhece que é preciso
distinguir entre os vedantes de plástico, associados a "baixa
qualidade" e a perder quota contínua, ou vedantes de alumínio, com uma
posição consistente em alguns mercados, como a Austrália. "Mas já há
sinais de uma inversão de tendência", garante.
Questionado sobre contratações, já que em 2009, quando as vendas
caíram, a empresa despediu 195 pessoas, António Rios de Amorim diz que
atualmente, a Corticeira Amorim tem uma "estrutura de recursos humanos
adaptada às necessidades do mercado". No entanto, acrescenta, como em
qualquer empresa que busca as "melhores práticas" de gestão, as nossas
estruturas de RH são sempre objeto da mais "cuidada e rigorosa"
atenção, com vista à sua "permanente otimização".
Sobre a revisão em baixa das previsões do Governo para a economia
nacional, o presidente da Corticeira lembra que esta é uma empresa de
cariz internacional, que exporta 95% da sua produção para um universo
de mais de 100 países. "Esta diversificação tem sido fundamental para
ultrapassar as diversas contingências macroeconómicas nacionais e
internacionais", frisa António Rios de Amorim. Em Portugal, mas também
nos restantes mercados, a empresa continuará o "esforço contínuo" de
eficiência operacional e otimização de rubricas com grande impacto,
como a energia e os transportes. Disponibilizar às empresas
exportadoras o "maior sistema de incentivos possível," que "maximize a
sua competitividade face aos players internacionais," é o que o líder
da Corticeira também preconiza.
http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO109906.html?page=0
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