quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Cooperativa Agrícola livre de suspeitas

Alfândega da Fé



O processo de investigação levado a cabo pela Polícia Judiciária na Cooperativa Agrícola de Alfandega da Fé foi arquivado.
Motivado por três queixas anónimas que denunciavam alegada gestão danosa nesta estrutura, este processo obrigou a eleições antecipadas na Cooperativa, depois de os membros da anterior direcção terem renunciado ao cargo na sequência do clima de suspeitas que foi criado em torno da instituição.
Além das queixas na PJ, foram ainda registadas denuncias na Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e no Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR.
Um ano depois do início do processo, o actual presidente da direcção, que na altura também colocou o lugar à disposição, mas acabou por voltar a candidatar-se devido a um vazio eleitoral, assegura que o resultado deste processo não poderia ter sido outro.
"Sempre transmitimos uma palavra de tranquilidade aos nossos associados, porque nós também estamos de consciência tranquila e o nosso trabalho está à vista de todos. Colaborámos em tudo o que pudemos nessas investigações, até que, ultimamente, soubemos do arquivamento dessas denúncias anónimas", esclarece Eduardo Tavares.
O presidente da direcção sublinha que toda esta situação causou prejuízos à Cooperativa e aos associados, porque a demissão da direcção levou à suspensão dos negócios.

Dívida controlada

"Durante os primeiros seis meses de 2012 não vendemos azeite e isso fez com que perdêssemos oportunidades de negócio que mais tarde se traduziram em dificuldades para vender o azeite. Garantimos, por isso, um preço mais baixo aos agricultores do que seria de esperar", lamenta o responsável.
Há seis anos à frente da Cooperativa, Eduardo Tavares diz que não compreende um ataque desta natureza a esta estrutura agrícola, numa altura em que a dívida passou de cerca 1,2 milhões de euros, em 2003, para pouco mais de 690 mil euros, no ano passado.
"Quando nós temos este trabalho por trás, que está bem alicerçado, numa recuperação económica da Cooperativa. Em 2003, esta casa estava à beira da falência, com dívidas descontroladas aos associados, à banca e aos fornecedores. Houve um grupo de pessoas que conseguiu reestruturar a Cooperativa. E passados seis anos de termos diminuído o passivo para quase metade, eu pergunto porque é que há gente descontente? Isso leva-nos a pensar que poderá haver outros interesses", afirma Eduardo Tavares.
A Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé tem, actualmente, cerca de 800 associados.

http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=460&id=18428&idSeccao=4125&Action=noticia

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