quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Associação Portuguesa da Castanha nasce na terça-feira em Vila Real
Lusa
20 Fev, 2013, 11:35
A Associação Portuguesa da Castanha vai ser formalizada na terça-feira, em Vila Real, com cerca de 30 associados fundadores e o objetivo de ajudar a aumentar a produção nacional, disse hoje fonte ligada ao processo.
A escritura vai decorrer numa cerimónia aberta na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), onde vai ficar sedeada a associação. A ministra da Agricultura, Assunção Cristas foi convidada para participar no evento.
Esta organização nasce no seio da rede nacional da fileira da castanha -- RefCast --, que há três anos defende um aumento da área de produção e quer incentivar o consumo no país.
José Gomes Laranjo, investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), é um dos promotores da iniciativa e disse hoje à agência Lusa que a Associação Portuguesa da Castanha conta com cerca de 30 associados fundadores, pessoas coletivas ou singulares, associações, empresas e instituições públicas.
O responsável salientou que a RefCast quer ajudar a responder a alguns desafios do setor, nomeadamente o "aumento da produção e da produtividade das áreas de souto", bem como combater as doenças que afetam os castanheiros, como o cancro e a tinta.
"Uma boa parte dos nossos soutos sofre de problemas graves de doenças e de fertilidade, que lhes tiram capacidade produtiva", referiu.
Para produzir mais, segundo o investigador, é preciso "ensinar os agricultores" e recorrer aos meios disponíveis, como os porta enxertos híbridos, que ajudam a controlar o problema da tinta, ou fazer análises de solo para corrigir a fertilidade do mesmo.
"Isto pode aumentar a quantidade de castanha e é isso que nós precisamos", frisou.
Através da associação será ainda possível apresentar candidaturas a fundos comunitários.
Terça-feira vai ser um dia dedicado à castanha. Logo após o registo da associação, realizar-se-á a primeira assembleia-geral, seguida da eleição e tomada de posse dos órgãos sociais.
Este fruto é considerado por muitos como o petróleo ou o ouro da montanha.
Em Portugal, existem cerca de 35 mil hectares de soutos e, segundo José Gomes Laranjo, estima-se que poderão estar envolvidas na produção cerca de 17 mil a 20 mil famílias.
A produção nacional rondará entre as 45 a 50 mil toneladas, que renderão aos produtores cerca de 50 milhões de euros.
Num ano de produção média, Portugal pode exportar uma média de 12 mil toneladas.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=629469&tm=6&layout=121&visual=49
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