sábado, 23 de fevereiro de 2013

Um salão de oportunidades em tempo de crise

É possível ter sucesso em tempo de crise
Uma centena de países, 600 empresas nacionais, 28 sectores, quatro mil
marcas e produtos, e dois mil compradores internacionais, são alguns
dos números do Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas.
22-02-2013 20:18 por Rosário Silva

Numa altura de contracção do consumo interno, o Salão Internacional do
Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), que se realiza de 25 a 27 de
Fevereiro, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, pode ser uma boa montra
para as empresas portuguesas atraírem clientes estrangeiros.
O SISAB é considerado a maior convenção anual de empresas e
empresários líderes de exportação. Uma centena de países, 12 línguas,
600 empresas nacionais, 28 sectores, quatro mil marcas e produtos, e
dois mil compradores internacionais, são alguns dos números que
demonstram a dimensão desta ampla plataforma de negócios, considerada
de enorme relevância para a economia, sobretudo nesta altura de crise.

Uma oportunidade que as empresas não querem perder já que no SISAB é
possível conhecer e negociar preços competitivos, estabelecer novos
contactos, tomar consciência das características e qualidade dos
produtos, bem como estabelecer proximidade com a legislação em vigor
em cada país importador, muitas vezes um impedimento para quem quer
exportar.
Da indústria alimentar à fileira da terra, culturas, florestas,
transportes e logística, tudo à disposição de empresas e empresários
líderes na exportação, numa mostra que se faz de provas, de visitas,
de muitos contactos e, preferencialmente, de bons negócios. É o que
pretende com a sua presença, um dos maiores produtores de vinho do
Alentejo que a Renascença foi conhecer.
Sucesso em tempo de crise
"Vender bons vinhos a preços não especulativos" é o lema é da empresa
Roquevale, criada em 1983, na altura apenas como empresa agrícola.
Seis anos depois, lança as primeiras marcas no mercado, que ainda hoje
perduram e, de então para cá, o caminho é o do crescimento.
Com uma nova unidade industrial desde 2002, nos últimos cinco anos
triplicou o seu volume de negócios. Em contraciclo, tem registado um
crescimento acentuado no mercado nacional, o que tem uma explicação,
refere o administrador Miguel Santos.
"O que está a acontecer é que algumas empresas, como a nossa, estão a
conseguir ganhar uma quota de mercado a outras, porque estas estão a
desaparecer ou porque desenvolveram actividades noutros segmentos e
baixaram o volume de negócios. É aqui que estamos a ganhar", conclui.
O caminho das exportações é, contudo, uma aposta. A presença no SISAB
serve para conquistar novos mercados e cimentar relações que já
existem. Brasil e Macau são os principais mercados da Roquevale que
também já exporta para a Alemanha, Luxemburgo, Bélgica, Dinamarca,
Estados Unidos e, esporadicamente, para a China e Vietname.
E é na maior montra de negócios que a empresa alentejana vai lançar o
primeiro vinho do Alentejo certificado como Grande Reserva (2006),
para conquistar "um perfil de cliente mais escalão médio/superior,
onde não tínhamos uma oferta bem conseguida a este nível", esclarece
Miguel Santos.
A Roquevale é um dos maiores produtores privados de vinho do Alentejo,
com 135 hectares de vinha, no concelho de Redondo, distrito de Évora.
As vinhas estão divididas em duas propriedades: A Herdade da Madeira
onde predominam as castas tintas instaladas em solos de xisto, e o
Monte Branco, com solos de origem granítica, destinado essencialmente
à produção de uvas brancas.
A filosofia da empresa passa por oferecer uma gama completa de vinhos
com carácter regional e apresentá-los ao consumidor a preços não
especulativos. Em 2012, o volume de negócios rondou os 8 milhões e 400
mil euros.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=97875

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