Nordeste Transmontano //
Por: AGR / Secção: Actual / hoje
Presidente da Associação foi eleito há menos de um ano mas técnicos,
sócios e diretores exigem o afastamento de Armando Pacheco. Já
circulam mesmo abaixo-assinados para afastar o presidente da AJAP
Os técnicos que trabalham na sede da AJAP queixam-se de atitudes
intimidatórias e persecutórias por parte do atual presidente. De tal
forma que uma das técnicas que colabora com a Associação difundiu uma
carta aberta à direção, datada de 21 de janeiro (a que o Mensageiro
teve acesso), dando conta do sentimento de insatisfação. Carina
Moreno, que fala em nome do primeiro "Movimento de Salvação da AJAP",
colabora como técnica há cinco anos, na região de Mogadouro e Miranda
do Douro, e diz que nunca assistiu a "nada assim". Acusa Armando
Pacheco de ter desviado "quase toda a formação a que a AJAP concorreu
para as outras associações a que está ligado" e de ter quebrado "os
protocolos verbais com outras instituições que sempre foram
cumpridos". "O presidente tem usado em benefício próprio a AJAP",
acusa Carina Moreno, garantindo que vários concelhos já perderam
diversos associados.
Entretanto foi posto a circular um Manifesto de Salvação da AJAP, que
conta com dezenas de assinaturas, acusando Armando Pacheco de ser "a
negação de tudo o que é norma" da casa. "A liderança da AJAP, pela
primeira vez em mais de 30 anos, caiu num abismo e é urgente
resgatá-la", lê-se no documento, a que o Mensageiro também teve
acesso. Os signatários do manifesto afirmam ter "como objetivo
imperioso e urgente a salvaguarda da instituição e do seu bom nome
acima de tudo". Mas as queixas estendem-se a outros elementos da
direção que, no entanto, preferem salvaguardar a identidade, pelo
menos para já. No entanto, o Mensageiro teve acesso a atas de reuniões
da AJAP em que, por exemplo, se aprovou a retirada de poderes
executivos ao presidente, Armando Pacheco, delegando-os num dos
vice-presidentes. Isso aconteceu a 7 de novembro, dois meses depois de
Armando Pacheco ter prometido demitir-se, mediante algumas condições,
algo que ficou lavrado em ata também. Uma das condições seria o
afastamento de um dos vice-presidentes, próximo de Firmino Cordeiro,
que se mostrou disponível para sair, se essa fosse a solução para a
paz. Certo é que o atual presidente nunca formalizou o pedido de
demissão. Em causa está, também, o alegado "desinteresse" de Armando
Pacheco para com a associação para a qual foi eleito. Os seus
companheiros de direção acusam-se, entre outras coisas, de não ter
participado em qualquer reunião nos últimos dois meses, de não ter
estado presente em algumas das atividades mais importantes da AJAP,
como um seminário realizado em outubro, de ter desviado formação
atribuída à AJAP para outras associações às quais está ligado ou de
ter tentado para essas mesmas associações os mesmos benefícios de que
usufrui a AJAP. "Se no início ainda fazia as candidaturas dos
agricultores através da AJAP, agora já retirou tudo", acusam.
Presidente não reage
Confrontado com estas acusações, Armando Pacheco escusou-se a fazer
comentários sobre esta matéria, pelo menos para já.
http://www.mdb.pt/noticia/4452
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