quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Escândalo com carne de cavalo: PE quer sanções e controlos mais rigorosos

Os eurodeputados solicitaram aos Estados-membros que respeitassem as regras de rotulagem já existentes e que colaborassem melhor mais no que diz respeito à rastreabilidade. © BELGA_AFP_BERND THISSEN


Os eurodeputados exigiram mais testes ao longo da cadeia alimentar e sanções mais pesadas para fraudes em produtos de carne em vez de uma nova legislação europeia, durante um debate sobre o escândalo da carne de cavalo na comissão parlamentar do ambiente, saúde pública e segurança alimentar (ENVI), esta segunda-feira, 18 de Fevereiro. Também solicitaram aos Estados-membros que respeitassem as regras de rotulagem já existentes e que colaborassem melhor mais no que diz respeito à rastreabilidade.

"Hoje em dia fazer o que está mal está quase isento de riscos! A importância dada aos preços baixos, em encontrar o local mais barato no mercado aumenta o risco de fraude. Precisamos de inverter esta lógica. As empresas têm que sentir as multas e as sanções impostas", afirmou o vice-presidente da comissão parlamentar, Carl Schlyter (Greens/EFA, Suécia).

O eurodeputado Chris Davis (ALDE, Reino Unido) também apelou a melhores sanções. "Para muitas pessoas comer cavalo é inaceitável. Imaginem quão pior seria se se tratasse de porco! A responsabilidade está nas mãos da indústria alimentar. O ideal seria fazer um esforço para estabelecer penalizações comuns ao nível da UE.", sugeriu.

O eurodeputado alemão, Peter Liese (EPP), apoiou o reforço das actuais regras: "Trata-se de um engano enorme para os consumidores. A melhor forma de lidar com a situação não é introduzir nova legislação, mas aplicar de forma mais eficiente a legislação já existente".

Linda McAvan (S&D) exigiu inspectores independentes. "A Comissão Europeia acredita realmente que agora, depois de tudo o que soubemos ao longo das últimas duas semanas, o público vai confiar nas empresas como responsáveis pela inspecção da sua própria carne?", questionou a eurodeputada britânica.

Url Bernhard, director para avaliação do risco e apoio científico, da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) explicou que não existia perigo para a saúde pública: "Trata-se de uma fraude, de lubrificar os consumidores, mas até ao momento não se trata de um assunto de segurança alimentar".

"Temos a legislação mais desenvolvida do mundo ao nível da rastreabilidade. A fraude foi detectada e a carne foi rastreada. O sistema funcionou. A Comissão apresentou uma proposta para implementar mais controlos à carne, incluindo testes de ADN " sublinhou Paola Testori Coggi, directora-geral para a saúde e os consumidores da Comissão Europeia.

Fonte:  PE

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/02/20l.htm

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