CAP. Proposta para divisão do orçamento da PAC entregue ao governo antes do Verão

Por Agência Lusa, publicado em 15 Fev 2013 - 15:41 | Actualizado há 3 dias 17 horas
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O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), João Machado, avançou hoje que a proposta para divisão do orçamento da Política Agrícola Comum (PAC), para os próximos sete anos, vai ser entregue ao Governo antes do verão.

"Pretendemos entregar ao Governo uma proposta global antes do verão, pois se não o fizermos corremos o risco de a legislação do Governo não ser a mais adequada", alegou.

O orçamento da PAC para os próximos sete anos - 2014/2020 foi aprovado na semana passada e "traz grande margem de manobra aos estados membros, no que toca a aplicação dos normativos comunitários".

João Machado explicou que será o próprio Governo português a decidir como é que as ajudas comunitárias serão entregues aos produtores nacionais.

"É um presente envenenado, que vem criar atritos entre setores e regiões", sustenta.

A CAP vem reunindo com os seus associados no sentido de chegar a uma proposta global para entregar ao Governo, defendendo que "é muito melhor ser o próprio setor a fazer uma proposta, do que ser o Estado a legislar sobre a matéria, impondo algo sem ter em consideração a especificidade de alguns setores e dos agricultores".

Na sua opinião, se o Governo legislar sobre a matéria "pode correr o risco de ser injusto e pôr em risco alguns setores de atividade".

Durante a manhã de hoje a CAP reuniu com o conselho consultivo de Trás-os-Montes e continuará a reunir-se com os seus associados até ao final do mês de março, discutindo uma matéria que sublinha não ser fácil.

"Dividir dinheiro nunca é fácil e trata-se de pegar num bolo de dinheiro comunitário e dividi-lo pelos agricultores de uma forma diferente do que tem sido feito até hoje", frisou.

De acordo com o presidente da CAP, "alguns agricultores que não recebiam nada ou até recebiam pouco, vão receber mais agora e há outros que, como o bolo é igual, recebiam mais e vão receber um pouco menos".

A CAP pretende chegar a uma proposta global "que leve a uma divisão equilibrada", em que "não se ponha em risco nenhuma atividade ou agricultor".

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