20 Outubro 2011 | 14:03
Andreia Major - amajor@negocios.pt
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Os serviços de insolvência registaram um aumento acentuado de vendas
de terras agrícolas impróprias para a construção.
De acordo com o "The Guardian", os esquemas com terras agrícolas estão
a aumentar, e poderão escalar ainda mais nos próximos tempos.
Nestes esquemas os investidores são persuadidos a comprar terras
agrícolas a preços muito inflacionados, pensando que posteriormente
poderão construir nelas. No entanto, as terras não têm permissão de
planeamento imobiliário e os compradores perdem muito dinheiro.
O Departamento de Serviços de Solvência do governo do Reino Unido
alertou esta semana para o acontecimento deste tipo de burlas, que se
está a agravar cada vez mais.
Segundo o departamento do governo, os investidores do Reino Unido já
perderam cerca de 30 mil libras (34,3 mil euros) desde o início de
2007 com estes esquemas.
Estas são as "perdas conhecidas" registadas por 49 empresas que
fecharam nos últimos quatro anos, porém estima-se que as perdas totais
resultantes de esquemas de burla com terrenos excedam as 200 mil
libras.
O estudo realizado pelo departamento do governo revela ainda que o
valor médio investido e perdido pela "vítima" do esquema é de cerca de
23 mil libras. Contudo, a maior perda conhecida de uma pessoa ou
família no Reino Unido, resultante de um esquema destes foi de 618 mil
libras.
Um grande problema que se afigura é que os investidores não podem
fazer queixa contra o Sistema de Indemnização de Serviços Financeiros,
dado que as empresas por detrás das burlas com propriedades não são
autorizadas pela Autoridade dos Serviços Financeiros.
As empresas de burlas de propriedades costumam comprar terras
agrícolas ou outras, sem permissão de planeamento residencial. Depois
dividem-nas em pequenos segmentos e vendem-nas aos investidores.
Os compradores acreditam que o terreno que compraram terá permissão
para desenvolvimento imobiliário e irá valorizar, porém isso não se
concretiza, levando-os a perder todo o dinheiro num terreno que não
servirá para o que pretendem.
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