Infra-estruturas de regadio são estratégicas para Portugal, sustenta Assunção Cristas

publicado
17:22
17 outubro '11
A ministra da Agricultura assumiu hoje que a exclusão do investimento
em regadio incluída na proposta de reforma da Política Agrícola Comum
(PAC) é negativa para Portugal, salientando que estas infra-estruturas
são "estratégicas".
Assunção Cristas, que falava aos jornalistas após um encontro com as
organizações de agricultores, para discutir as propostas de reforma da
PAC, considerou que o financiamento do regadio é importante não só por
causa do Alqueva, mas também devido às alterações climáticas.
"Quando percebemos que o país vai ter previsivelmente um clima mais
seco, tudo o que seja infra-estruturas de regadio são, para nós,
estratégicas", sublinhou.

A ministra afirmou que o regadio permite cultivar de forma "mais
produtiva" e considerou que "o país precisa de saber aproveitar bem a
água que tem" face à possibilidade de se agravarem as secas.
"Temos muita água, temos de a saber usar de forma mais eficiente e
mais ajustada. Podemos ter culturas adaptadas a situações de seca, mas
também podemos aproveitar a água e usá-la de forma mais eficiente",
frisou a responsável da pasta da Agricultura.
Assunção Cristas frisou que "é muito importante que a PAC possa dar
resposta àquilo que é a ambição do governo português de tornar a
agricultura num setor estratégico para o país e corrigir
desequilíbrios, nomeadamente a nível das ajudas que os diferentes
países recebem".
A ministra da Agricultura sublinhou que a convergência deve ser "maior
e mais rápida" e que "não faz sentido haver uma convergência [dentro]
do país, antes que essa convergência seja também feita entre os vários
países da União Europeia".
Assunção Cristas lembrou que os valores das ajudas "são muito
desequilibrados", porque se baseiam no histórico da produção, e
salientou que essa situação deve ser ultrapassada, no sentido de haver
"uma maior redistribuição entre estados-membros".
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