18.10.2011 - 13:08 Por Lusa
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Na primeira quinzena de Outubro deflagraram, em média, 312 incêndios
por dia (Adriano Miranda)
O secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D´Ávila,
disse hoje que as Forças Armadas podem vir a intervir em operações de
rescaldo dos incêndios florestais no próximo ano.
Na Comissão Parlamentar da Agricultura e Mar, Filipe Lobo D´Ávila
considerou "muito importante" o papel das Forças Armadas em operações
de rescaldos dos incêndios florestais, avançando que "podem ser dados
passos para que na próxima época isso possa ser desenvolvido".
O secretário de Estado defendeu também que as Forças Armadas podem
ajudar em situações limite de combate a incêndios florestais, como
aquela que se está a viver neste momento.
Filipe Lobo D´Ávila adiantou que o ministro da Defesa tem manifestado
abertura para "aprofundar esse caminho, quer na vertente do Exército,
quer na Força Aérea".
O secretário de Estado esteve hoje na Comissão Parlamentar da
Agricultura e Mar para fazer um balanço da época mais crítica em
incêndios florestais, "fase Charlie", que terminou a 30 de Setembro,
mas considerou ser "cedo" para o fazer, tendo em conta que "a fase
mais complicado do ano ainda está a decorrer".
Frisou que os "bons" resultados obtidos durante a "fase Charlie",
entre 01 de Julho e 30 de Setembro, estiveram relacionados com as
condições meteorológicas e "empenho" do dispositivo operacional que
esteve no terreno.
No entanto, salientou que a "fase mais difícil" em fogos está a ser
este mês de Outubro, tendo levado o Governo a reforçar o dispositivo
de combate a incêndios florestais e a despender mais de 1,2 milhões de
euros.
Na primeira quinzena de Outubro, o reforço de 360 bombeiros nos 14
distritos com "maior perigosidade florestal" foi de 180 mil euros,
enquanto os 1.022 bombeiros e o aluguer de oito helicópteros para os
restantes 15 dias do mês teve um custo de 1,2 milhões de euros,
segundo o governante.
De acordo com o secretário de Estado, na primeira quinzena deste mês
deflagraram, em média, 312 incêndios por dia, num total de mais de
4.600 ocorrências de fogo, representado o mês de Outubro com mais
incêndios dos últimos 12 anos.
Filipe Lobo D´Ávila disse ainda que o Ministério da Administração
Interna está "avaliar" um conjunto de questões relacionadas com a
protecção civil, nomeadamente com a Empresa de Meio Aéreos (EMA), mas
qualquer "alteração" só será decidida e introduzida após a época de
incêndios.
http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/forcas-armadas-vao-intervir-em-operacoes-de-rescaldo-a-incendios-no-proximo-ano-1517081
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