Lusa28 Mar, 2013, 18:06
A empresa britânica Macfarlan Smith vai cultivar papoila para produção
de morfina em 4.000 hectares de terra alentejana, nos próximos três
anos, e planeia construir uma fábrica naquela zona, o que dependerá do
sucesso da colheita, segundo fonte oficial.
Fonte da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal
(AICEP) revelou à agência Lusa que esta produção de papoila resulta de
um memorando de entendimento assinado entre este organismo e a
Macfarlan Smith.
Neste acordo estão definidas "as responsabilidades de todos os
intervenientes num projeto de cultivo de papoila para a produção de
morfina no Alentejo".
O projeto resulta dos "resultados positivos das experiências
desenvolvidas naquela região pela empresa nos últimos três anos", os
quais foram supervisionadas pelo Ministério da Agricultura, Mar e
Ordenamento do Território.
A plantação de papoila para produção de morfina já foi licenciado pelo
Infarmed, organismo do Ministério da Saúde a quem compete regular esta
matéria.
O AICEP garante que "o processo continuará a obedecer à mais completa
colaboração com as autoridades nacionais no sentido de garantir o
cumprimento de todas as normas de segurança e demais regulamentação
associada a esta atividade".
Este cultivo em Portugal visa "complementar operações existentes no
Reino Unido, de forma a assegurar a necessária capacidade de
fornecimento de matéria-prima à unidade industrial de Edimburgo".
Em três anos, a empresa estima cultivar 4.000 hectares e, dependendo
do sucesso da colheita de 2013, admite o investimento numa unidade de
transformação no Alentejo que criará "emprego e mais-valia económica
na região", adianta o AICEP.
Hoje foi publicada em Diário da República a autorização da Autoridade
Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) para a
Macfarlan Smith Limited cultivar e exportar a popoila de ópio.
De acordo com o aviso do Infarmed, publicado na 2ª série do Diário da
República, esta autorização é válida por um ano, sendo "renovada por
igual período" se este organismo do Ministério da Saúde "nada disser
até 90 dias antes do termo do prazo".
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=639443&tm=6&layout=121&visual=49
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