quinta-feira, 6 de novembro de 2014

EUA e Suécia associam-se à banca para financiar negócios agrícolas em Moçambique

MOÇAMBIQUE
5/11/2014, 18:30
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Agências de desenvolvimento dos Estados Unidos e da Suécia anunciaram parcerias com três bancos comerciais de Moçambique no valor de 21,8 milhões de euros para financiar negócios agrícolas.


Ajudas destinam-se a pequenas, médias e grandes empresas moçambicanas, sobretudo as agrícolas pertencentes a mulheres
LUSA/LUSA

As agências de desenvolvimento dos Estados Unidos e da Suécia anunciaram nesta quarta-feira em Maputo parcerias com três bancos comerciais de Moçambique no valor de 27,25 milhões de dólares (21,8 milhões de euros) para financiar negócios agrícolas no país.

As parcerias da agência norte-americana USAID e da Agência Sueca de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional (ASDI) com o Moza Banco, Banco Único e Socremo destinam-se a pequenas, médias e grandes empresas moçambicanas, sobretudo as agrícolas pertencentes a mulheres, e têm uma duração prevista entre seis e dez anos.

"Se proporcionarmos mais oportunidades para as empresas beneficiárias, elas podem criar mais emprego nas zonas rurais e mais produtos agrícolas podem ser exportados a partir de Moçambique, criando mais riqueza", afirmou o embaixador dos Estados Unidos, Douglas Griffiths.

"Esperamos que, com esta nova parceria, surjam mais beneficiários nas zonas produtivas do país", declarou hoje na cerimónia de apresentação do projeto, realizada no Centro cultural Americano em Maputo, o embaixador dos Estados Unidos, Douglas Griffiths, que mencionou as altas taxas de juro e garantias elevadas exigidas pela banca em Moçambique.

"Se proporcionarmos mais oportunidades para as empresas beneficiárias, elas podem criar mais emprego nas zonas rurais e mais produtos agrícolas podem ser exportados a partir de Moçambique, criando mais riqueza", afirmou o diplomata, lembrando que o seu país já tem dois acordos com bancos locais e que, em cinco anos, atribuíram créditos de 12,5 milhões de dólares (10 milhões de euros) a pequenas e médias empresas agrícolas, a maioria nos corredores da Beira e Nacala.

Presidente da Comissão Executiva do Moza Banco, Ibraimo Ibraimo, reconheceu que "um dos constrangimentos, em particular para PME e pequenos empreendedores, é o acesso ao banco comercial".

Num documento distribuído hoje à imprensa, a USAID sustenta que, "apesar da grande procura de crédito, o acesso ao financiamento em todos os segmentos e setores de mercado continua fraco em Moçambique" e muitos bancos "estão hesitantes emprestar às micro, pequenas e médias empresas ou às empresas agrícolas".

O presidente da Comissão Executiva do Moza Banco, Ibraimo Ibraimo, reconheceu hoje que "um dos constrangimentos neste país, em particular para PME e pequenos empreendedores, é o acesso ao banco comercial por causa da grande questão sempre colocada e discutida das garantias bancárias" e que as parcerias hoje anunciadas garantem a possibilidade de a sua instituição "partilhar riscos de forma segura e desenvolver este negócio".

"Todos nós ouvimos falar de emprego, mulheres e áreas rurais", disse a embaixadora sueca em Maputo, Irina Schoulgin Nyoni, no final da cerimónia da apresentação das parceiras.

A 30 de setembro foram assinados dois acordos que preveem uma parceria da USAID com o Moza Banco e o Banco Único, durante uma década e no valor de 17,25 milhões de dólares (13,8 milhões de euros) para negócios agrícolas, com foco num programa desenvolvido nas províncias de Tete, Nampula, Zambézia e Manica, e uma outra da ASDI e da agência norte-americana para o desenvolvimento para micro e pequenas empresas rurais, sobretudo as pertencentes a mulheres, envolvendo um montante de dez milhões de dólares (oito milhões de euros) durante seis anos.

"Todos nós ouvimos falar de emprego, mulheres e áreas rurais", disse a embaixadora sueca em Maputo, Irina Schoulgin Nyoni, no final da cerimónia da apresentação das parceiras, "e esses são os códigos deste projeto", resumiu.

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